Quem nunca atirou uma moeda para uma fonte, pedindo um desejo? É um gesto comum em Portugal e no mundo, mas já paraste para pensar: o que acontece às moedas que caem em fontes e chafarizes? Será que ficam perdidas no fundo da água? Será que alguém o recolhe? E, se sim, para onde vai? A resposta é surpreendente e varia de cidade para cidade.
A tradição de lançar moedas
A origem deste costume vem da Roma Antiga. As pessoas acreditavam que lançar moedas em fontes ligadas a deuses da água trazia boa sorte e garantia saúde. Com o tempo, a tradição espalhou-se pelo mundo, ganhando o lado mais romântico: fazer desejos.
Hoje, milhões de turistas repetem o gesto, enchendo fontes de moedas todos os anos.
Quantas moedas se acumulam?
Em fontes famosas, como a Fontana di Trevi, em Roma, chegam a juntar-se mais de um milhão de euros por ano. Mesmo em cidades mais pequenas, as moedas acumulam-se em quantidades impressionantes ao longo do tempo.
Quem recolhe o dinheiro?
O que muita gente não sabe é que as moedas não ficam lá para sempre.
Em muitas cidades, os serviços municipais fazem limpezas periódicas às fontes e recolhem o dinheiro.
Noutras, são empresas privadas que tratam da manutenção das águas e ficam responsáveis por recolher as moedas.
Para onde vai o dinheiro?
Aqui está a parte mais curiosa: em muitos locais, o dinheiro não vai para os cofres do Estado, mas sim para instituições de solidariedade.
Na Fontana di Trevi, em Roma, todas as moedas são doadas à Cáritas, ajudando pessoas carenciadas.
Em Lisboa e noutras cidades portuguesas, parte do valor recolhido também se costuma canalizar para apoio social.
Ou seja, o gesto simbólico acaba muitas vezes a transformar-se em ajuda real.
O outro lado da história
Claro que nem tudo são desejos e solidariedade. Há quem tente roubar moedas das fontes, e isso considera-se crime. Além disso, o metal das moedas pode prejudicar a qualidade da água e obrigar a limpezas mais frequentes.
As moedas que caem em fontes e chafarizes não ficam perdidas. Elas são recolhidas periodicamente e, em muitos casos, usadas para apoiar instituições de solidariedade.
Por isso, da próxima vez que atirares uma moeda e pedires um desejo, lembra-te: não só podes estar a chamar a sorte, como também a ajudar quem mais precisa.
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