Microsoft: “A nossa maior concorrência já não são as consolas”

Olhar para a Xbox de 2025, e olhar para a Xbox de 2015, são dois olhares completamente diferente. O departamento de jogos da Microsoft mudou completamente, o que para alguns pode ser um sinal do fim, mas para outros é no fundo um sinal de mudança dos tempos.

Ou seja, a confirmação de que o Halo: Campaign Evolved, remake do primeiro jogo da saga, vai chegar não só à Xbox e PC, mas também à PlayStation 5, caiu como uma bomba no mundo gaming.

Afinal, estamos a falar do símbolo máximo da Xbox, uma série que durante mais de 20 anos definiu o conceito de exclusividade da marca. Mas segundo a própria Microsoft, os tempos mudaram!

“A nossa concorrência já não é outra consola”

xbox

Em entrevista ao The New York Times, Matt Booty, presidente da divisão de conteúdo e estúdios da Xbox, foi bastante claro:

  • “Estamos todos a tentar chegar às pessoas onde elas estão. A nossa maior concorrência já não é outra consola. Competimos cada vez mais com coisas como o TikTok, séries e filmes.”

A declaração reflete uma mudança total na forma como a Microsoft vê o seu ecossistema. Ou seja, já não se trata de vender mais consolas do que a Sony ou a Nintendo, para depois conseguir vender software.

A guerra está no tempo de atenção, o que por sua vez significa cada vez mais que é preciso vender para todos. O mundo Xbox tem de estar disponível para todos. Até nas consolas rivais!

Um novo mundo para o gaming!

Este tipo de discurso não é novo, mas vindo da Xbox, ganha outro peso. É óbvio que o conceito de consola tem vindo a mudar. Aliás, basta olhar para os preços dos mais recentes modelos, para perceber que o objetivo deixou de vender consolas a preços apelativos, para depois vender muitos jogos e ir buscar o dinheiro aí.

O objetivo é que o mercado viva de serviços, subscrições e plataformas conectadas. A era dos exclusivos acabou.

O fim das guerras de consolas?

Ainda é cedo para dizer isso. Mas… Talvez!

A Xbox está cada vez mais próxima do PC, em vez de apostar em consolas dignas desse nome, e a mobilidade está também a ganhar cada vez mais fãs apesar dos preços absurdos que ainda se praticam.

Ainda assim, é inegável que a próxima geração vai ser definida não por quem tem mais exclusivos, mas sim por quem consegue meter mais pessoas online. Seja na consola, no PC, na TV, ou no smartphone.

Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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