Quinta-feira, Setembro 25, 2025

Metro ou centro comercial: onde tens mais risco de ser assaltado

É uma pergunta que muitos fazem mas poucos conseguem responder com certezas: onde tens mais probabilidade de ser assaltado. No metro ou num centro comercial? A dúvida parece simples, mas a resposta envolve estatísticas oficiais, relatórios de segurança e até truques usados por carteiristas e assaltantes em Portugal.

Criminalidade em Portugal: os números mais recentes

Em 2023, segundo estatísticas da justiça, Portugal registou 371 995 crimes participados, o número mais alto em dez anos, dos quais cerca de 51 % foram crimes contra o património, ou seja, furtos, roubos ou danos.

Em 2024, o panorama mudou ligeiramente: o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI 2024) mostra uma diminuição da criminalidade geral. Assim foram registadas 354 878 participações, uma descida de 4,6 % face a 2023.

Seja como for os crimes contra o património mantêm-se como o tipo dominante, representando 52,4 % dos crimes.

O metro: furtos silenciosos e carteiristas à espreita

No metro, a regra é clara: quanto mais cheia estiver a carruagem, mais fácil é para os carteiristas passarem despercebidos. Um empurrão, alguém a pedir informações ou um objeto a cair no chão podem ser apenas iscos para desviar a tua atenção.

Apesar de os dados da APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima) mostrarem que apenas 0,1% dos crimes reportados ocorreram em transportes públicos, a realidade é que muitos furtos de bolso não chegam sequer a ser denunciados. O metro é o ambiente perfeito para crimes rápidos e sem violência: o objetivo é levar algo sem que notes na hora.

Centros comerciais: segurança visível, mas não invulnerável

Dentro dos corredores e lojas, os centros comerciais parecem seguros. Há câmaras, seguranças e até equipas discretas. Os números confirmam isso: apenas 0,6% dos crimes reportados à APAV tiveram lugar em “lojas ou centros comerciais”.

Mas há uma armadilha aqui. O perigo real muitas vezes não está dentro, mas sim nos parques de estacionamento. Locais subterrâneos, zonas mal iluminadas ou saídas tardias depois de uma sessão de cinema podem transformar-se em pontos de risco. Ao contrário do metro, onde o furto é quase sempre silencioso, nos centros comerciais o problema pode ser o assalto violento. Ou seja, alguém a seguir-te até ao carro ou a tentar aproveitar um momento de distração.

Então, onde o risco é maior?

Se olharmos apenas para os números, a via pública e os transportes continuam a ser os locais mais vulneráveis. 9,5% dos crimes reportados à APAV aconteceram em espaço público, contra apenas 0,6% em centros comerciais. Isto significa que, estatisticamente, tens mais probabilidade de seres alvo de furto ou roubo no metro, numa rua movimentada ou numa estação, do que dentro de um shopping.

No entanto, não se trata apenas de quantidade, mas também da natureza do crime. No metro, os furtos são discretos e quase sempre sem confronto. Nos centros comerciais, quando acontece, pode ser mais intimidante, especialmente em estacionamentos.

Como te protegeres em ambos os casos

A prevenção é o teu melhor aliado. No metro, evita andar com o telemóvel na mão em carruagens cheias, guarda a carteira em bolsos interiores com fecho e mantém a mochila à frente em horas de maior movimento.

Entretanto nos centros comerciais, estaciona em zonas iluminadas, não carregues sacos de forma descuidada e, se saíres tarde, mantém-te atento ao que se passa à tua volta até entrares no carro.

Mais importante: lembra-te de que os ladrões não procuram a vítima mais rica, mas sim a mais distraída. Um olhar atento e postura confiante podem ser suficientes para que passes despercebido a quem procura um alvo fácil.

Metro ou centro comercial? A resposta é clara: tens mais risco de seres vítima de crime no metro e nas ruas do que dentro de um shopping. Mas isso não significa que os centros comerciais sejam 100% seguros. O crime adapta-se e procura sempre a oportunidade certa.

No fundo, a diferença está na forma como acontece: no metro, o golpe é rápido e silencioso; nos centros comerciais, pode ser mais arriscado e intimidante. O que nunca muda é a regra número um: não baixes a guarda.

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Ana Oliveira
Ana Oliveirahttp://leak
Descobriu a paixão pela tecnologia entre aulas de engenharia e fóruns de gadgets, onde passava horas a debater especificações e novidades. Gosta de explicar tecnologia de forma simples, direta e prática como se estivesse a falar com amigos. É fascinada por tudo o que envolva inovação, privacidade digital e o futuro dos smartphones. Quando não está a escrever, está a testar apps, a trocar de launcher ou a explorar menus escondidos no Android.

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