O Mazda CX-80 é a nova aposta da marca japonesa no segmento dos SUV de 7 lugares. Uma aposta que acaba por ser muito interessante, porque esta fabricante é diferente de todas as outras.
Os automóveis da Mazda têm toda a tecnologia que de facto faz a diferença no dia-a-dia da condução, e que levou os carros atuais para o século XXI. Porém, mantém uma componente muito analógica com ponteiros, botões, mudanças manuais, etc… Que pode achar pouco importante, mas que na minha opinião, continua a deixar muita alma na gama.
Dito tudo isto, para chegares ao CX-80, pegas no CX-60, esticas-lhe a distância entre eixos em 25 cm e transforma-o numa proposta mais familiar, mas também mais ambiciosa. Afinal de contas, na Europa é o topo de gama da Mazda.
Design e posicionamento
Visualmente, o CX-80 é elegante sem cair no exagero. A Mazda quer colocá-lo frente a frente com rivais premium como o Volvo XC90, Audi Q7 e Land Rover Discovery, mas com um preço bem mais baixo.
Na prática, vai roubar clientes às marcas premium, porque é uma alternativa onde poupa bastante dinheiro, sem perder grande coisa.
Motores: PHEV (versão ensaiada) ou Diesel
O CX-80 chega com duas opções conhecidas do CX-60, mas sempre com tração integral:
- Plug-in Hybrid (PHEV): 2.5 a gasolina com motor elétrico, 323 cv, 0-100 km/h em 6,8 s e bateria de 17,8 kWh. A autonomia elétrica anda à volta dos 60~70km. Funciona bem, mas com um funcionamento algo brusco quando o motor entra em ação.
- 3.3 Diesel de 6 cilindros: 251 cv e 550 Nm, 0-100 km/h em 8,4 s e consumos oficiais de 48,7 mpg. Mais suave e flexível no dia-a-dia, perfeito para reboques até 2.500 kg, mas sem as vantagens fiscais do PHEV.
Interior e tecnologia
Por dentro, o CX-80 aposta em espaço e versatilidade. Há uma segunda fila deslizante e até a opção de bancos “captain’s chair” para mais conforto. O ambiente é requintado, com bons materiais e um layout clássico da Mazda: botões físicos para o ar condicionado e um ecrã central de 12,3’’ que dispensa toque e se controla por um comando rotativo. Estranho no início, mas eficaz após alguns dias.
O sistema tem ainda integração com comandos de voz e até uma espécie de Alexa. No geral, a ergonomia é simples e prática, ao contrário de alguns rivais que complicam demasiado.
Entretanto, no lado da arrumação, dá para meter uma vida inteira dentro deste CX-80.
Condução e conforto
O CX-80 não é um SUV mole. Porém, também não é um carro dinâmico, mas não tem de o ser.
Tem suspensão firme mas bem controlada, silencioso em autoestrada e confortável mesmo com jantes de 20’’. Não tem o motor mais potente do segmento, nem a direção mais comunicativa, mas é sólido e fácil de viver no dia-a-dia.
Vale a pena?
O Mazda CX-80 pode não ter um trunfo único, mas acerta em quase tudo: espaço, qualidade, conforto e motores competentes. O PHEV serve quem procura vantagens fiscais e sete lugares, enquanto o Diesel é a escolha lógica para famílias que puxam caravana ou barco.
Não é tão luxuoso como os alemães, mas é mais acessível e continua a trazer aquele lado alternativo que distingue a Mazda. Para quem quer um SUV de 7 lugares sem cair no óbvio, o CX-80 é uma proposta que merece estar na lista.
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