A pastilha elástica é algo que quase todos já mastigámos seja pelo sabor, pelo hábito ou simplesmente para manter a boca ocupada. Mas já parou para pensar como é que ela realmente funciona no nosso corpo? E, mais ainda, que efeitos pode ter, tanto negativos como positivos? Um estudo revelou, por exemplo, o que mastigar pastilha elástica faz ao cérebro!
Sabia que mastigar pastilha elástica faz isto ao seu cérebro?
Independentemente do sabor, todas as pastilhas têm uma base feita com polímeros hidrofóbicos. Ou seja, substâncias que resistem à saliva. É por isso que conseguimos mastigar durante tanto tempo sem que a pastilha se desintegre. No entanto, este material é frequentemente à base de borracha sintética derivada de butadieno. Ito significa que é, na prática, um tipo de plástico. Quando descartada de forma incorreta, contribui para a poluição ambiental — algo que poucos associam à simples pastilha elástica.
Mas nem tudo são más notícias. A ciência tem vindo a demonstrar que mastigar pastilha (especialmente sem açúcar) pode trazer benefícios para a saúde. Para além de ajudar na produção de saliva, prevenindo a secura da boca e neutralizando os ácidos que danificam os dentes, mastigar também estimula o cérebro.
O efeito da pastilha elástica no cérebro
Um estudo publicado na revista Archives of Oral Biology revelou que mastigar pastilha aumenta o fluxo sanguíneo em áreas específicas do cérebro, como as zonas motoras e sensoriais. Isto traduz-se em maior atividade cerebral. Para além disso mastigar pode reduzir os níveis de cortisol, a hormona do stress, ajudando a aliviar a ansiedade e a melhorar o humor e a atenção.
Mas há mais. Uma investigação de 2018 da Applied Cognitive Psychology indicou que mastigar pastilha enquanto se estuda pode melhorar a compreensão e a memorização de conteúdos complexos. E curiosamente, o sabor da pastilha também pode influenciar o desempenho cognitivo.
Um estudo realizado na Whitworth University (EUA) mostrou que participantes que mastigaram pastilha com sabor a menta completaram testes cognitivos com mais rapidez, em comparação com quem não mastigou ou usou sabores frutados. Entretanto a menta parece estimular a atenção e o estado de alerta.
Este efeito não é novo. Estudos anteriores demonstraram que até o simples cheiro do óleo de menta pode reduzir o cansaço e melhorar a memória.
Portanto, da próxima vez que pegar numa pastilha, lembre-se: pode ser um pequeno empurrão para o teu cérebro.