A diferença perigosa entre lâmpadas LED baratas e caras

Trocar uma lâmpada parece uma decisão simples: vai-se à loja, escolhe-se a mais barata e pronto. Mas o que quase ninguém sabe é que nem todas as lâmpadas LED são iguais. A diferença entre lâmpadas LED baratas e as de maior qualidade pode ser muito maior do que o preço. E aqui não falamos só de durabilidade ou consumo: estamos a falar de segurança, saúde e até riscos escondidos que poucos consumidores conhecem.

Porque todas as lâmpadas LED baratas e caras parecem iguais

À primeira vista, qualquer LED serve. Todas prometem baixo consumo, maior duração e luz mais forte do que as velhas incandescentes. Mas a realidade é que no mercado existem grandes diferenças na qualidade dos componentes:

As mais baratas usam drivers e dissipadores de calor de qualidade inferior. Algumas nem cumprem normas de segurança elétrica.

E em certos casos, a luz emitida é instável, com efeitos que o olho humano nem sempre percebe, mas que podem afetar a saúde a longo prazo.

Ou seja, podes pensar que estás a poupar uns euros, mas na prática podes estar a pagar de outras formas.

Os riscos das lâmpadas LED baratas

1. Aquecimento excessivo

LEDs não emitem tanto calor como incandescentes, mas precisam de dissipação. Quando o material é de fraca qualidade, o calor acumula-se e pode: reduzir drasticamente a vida útil, provocar cheiros a queimado, em casos extremos, até derreter plásticos ou causar curtos-circuitos.

2. Flicker (luz intermitente invisível)

Muitas lâmpadas baratas não têm sistemas de regulação adequados. O resultado é um flicker, ou seja, uma oscilação da luz que o olho não vê claramente, mas que o cérebro sente.

Efeitos possíveis: dores de cabeça, fadiga ocular, dificuldade de concentração, agravamento de enxaquecas em pessoas sensíveis.

3. Índice de Reprodução de Cor (IRC) baixo

As lâmpadas de menor qualidade têm um IRC reduzido, o que significa que distorcem as cores. A tua sala pode parecer mais cinzenta, os alimentos menos apetitosos e até a pele pode parecer mais pálida.

4. Falta de certificação de segurança

Nem todas as lâmpadas baratas cumprem as normas da União Europeia. Muitas chegam ao mercado através de importações de baixo custo e não têm marcação CE real (ou têm falsificada). Isso significa: risco de choques elétricos, falhas na proteção contra sobretensões, maior probabilidade de incêndios elétricos.

O que torna uma lâmpada LED cara melhor?

  • Dissipadores de calor em alumínio mantêm a temperatura estável.
  • Drivers de corrente estáveis evitam flicker e prolongam a vida útil.
  • IRC elevado (>80): cores mais naturais e iluminação confortável.
  • Certificação real CE e RoHS garantem segurança elétrica e menos substâncias tóxicas.
  • Garantia de 2 a 5 anos que dificilmente encontras em lâmpadas low-cost.

O preço vs o custo real

Uma lâmpada barata pode custar 2 €, mas durar menos de um ano.

Uma de qualidade pode custar 6 € a 8 €, mas durar entre 5 a 10 anos.

Fazendo contas, a lâmpada cara compensa a longo prazo e ainda evita problemas de segurança e saúde.

Como escolher boas lâmpadas LED

  • Verifica o IRC: ideal acima de 80.
  • Procura certificações: CE, RoHS e garantia de fabricante.
  • Observa o peso: lâmpadas mais pesadas tendem a ter melhor dissipação de calor.
  • Confere a embalagem: informações claras sobre consumo e duração são sinal de qualidade.
  • Evita marcas desconhecidas sem histórico: o barato pode sair caro.

As lâmpadas LED revolucionaram a forma como iluminamos as nossas casas, mas nem todas são iguais. As versões mais baratas podem parecer uma pechincha, mas escondem riscos sérios de segurança, desconforto visual e desperdício de dinheiro a médio prazo.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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