Fiquei… Chocado! Estava a dar uma voltinha pelo Facebook, e do nada apareceu! Um anúncio de bolachas que o principal ingreditente é… Insetos. Sim, leste bem. Um anúncio até bastante interessante e fora do normal, porque tenta puxar pela cabeça das pessoas para tentar vender o produto.
Nós já comemos tanta coisa desconhecida no nosso dia-a-dia, como é o exemplo dos Nuggets nas cadeias de fast-food, que ninguém sabe muito bem como são feitos. Por isso… Porque não comer outro tipo de proteína, que além de saudável, pode também ser mais barata?
Já há snacks com insetos em Portugal. Queres provar?
É oficial! Os insetos já não são apenas tema de debate ou curiosidade gastronómica. Eles já estão no mercado português, disfarçados de bolachas, crackers e snacks proteicos.
A Corial, por exemplo, lançou recentemente produtos à base de proteína de insetos, que até já têm campanhas publicitárias no Facebook, Instagram e TikTok. Ou seja, a transição do “choque cultural” para o consumo real já começou, e tem tudo para dar que falar.
Do tabu à prateleira do supermercado!
Durante anos falámos sobre como a Europa iria, mais cedo ou mais tarde, abrir as portas à chamada entomofagia. Ou seja, o consumo de insetos como fonte de proteína. Pois bem, chegou a altura.
As bolachas proteicas da Corial assumem logo de frente o ingrediente polémico: “Sim, tem insetos”, lê-se no anúncio. A marca aposta na transparência e até desafia o consumidor: tens medo disto?
Este tipo de comunicação mostra bem a estratégia! Quebrar preconceitos e posicionar os insetos como alternativa mais honesta e sustentável face às proteínas tradicionais, como a whey. Afinal, se comemos nuggets cheios de mistério, porque não um snack que admite logo o que tem?
O futuro dos snacks?
Do ponto de vista nutricional, os insetos são uma bomba de proteína, ricos em aminoácidos essenciais, vitaminas e minerais. Do ponto de vista ambiental, são muito mais sustentáveis do que a produção de carne tradicional.
Mas há uma pergunta que fica no ar: queremos mesmo comer insetos? A barreira cultural é gigante. A maioria dos consumidores ainda torce o nariz, e é por isso que estas marcas apostam em produtos processados onde os insetos aparecem em forma de farinha ou pó, sem a parte “visual” que causa rejeição.
E tu, arriscavas?
Não há volta a dar: os insetos chegaram ao mercado português e já não estão escondidos em artigos científicos ou reportagens de tendência. Estão na prateleira, à venda, com anúncios nas redes sociais e uma campanha que apela ao confronto direto com o consumidor.
Agora imagina que está alguém a oferecer bolachas no supermercado, e tu aceitas. Aliás, aceitas e gostas. Depois descobres que são insetos. Qual é a conclusão?
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