Ir ao cinema tornou-se, nos últimos anos, uma verdadeira prova de resistência. Qualquer filme moderno parece ter de passar obrigatoriamente a barreira das 2h30 ou 3h para ser considerado um projeto a sério. Quase como se a qualidade estivesse diretamente ligada ao tempo que ficamos sentados na sala.
O problema é que nunca está. O tempo não muda nada, especialmente se servir apenas para encher chouriços.
Dito tudo isto, ontem tive uma experiência completamente diferente. Entrei no cinema às 18h e às 19h30 já estava cá fora. Ainda era de dia! Há quanto tempo é que não acontecia isto? Foram apenas 80 minutos, mas 80 minutos de pura diversão. Assim sim. Desta forma, o facto de o intervalo ser algo do passado nem chateia.
Ir ao cinema ao fim de semana e ainda ter luz do dia? É possível!
Antes de mais nada, estou a falar de Naked Gun, um filme que é uma homenagem quase perfeita aos originais e que me conseguiu arrancar sorrisos do início ao fim. Direto, leve e divertido. Exatamente aquilo que o cinema precisa de voltar a ser.
Claro que há espaço para os filmes de 3 horas, não há problema algum nisso. Eu só fico chateado quando todos os filmes têm de ser longos, só porque sim.
Nem todos os filmes precisam de ser épicos. Às vezes basta um bom ritmo, um guião sólido e 1h20 bem passada para sairmos da sala a pensar que o bilhete valeu a pena.
Naked Gun prova isso mesmo. Mostra que menos pode ser mais e que o público não precisa de sair do cinema à meia-noite para se sentir satisfeito. O segredo está em contar uma boa história… e saber quando parar.
- Nota: Ah… E a Pamela Anderson continua incrível. É como o Vinho.