Já sabíamos que os iPhones iam subir de preço, aliás, era esperado que o preço fosse aumentar mesmo sem estas tarifas “especiais” da cabeça de Donald Trump. Mas agora temos uma imagem que nos mostra exatamente o que está em causa. E sim, o impacto é tão sério quanto se temia.
iPhone: Apenas um componente é feito nos Estados Unidos!
Antes de mais nada, este gráfico já não está atualizado porque as tarifas subiram para 104%. Ainda assim, a imagem em cima mostra o custo de produção (o famoso BOM – Bill of Materials) de um iPhone 16 Pro, analisado ao detalhe.
Algo que deixa bem claro de onde vêm os componentes… e por que razão as tarifas de Trump estão prestes a abanar (ainda mais) o mercado.
Antes e depois das tarifas: mais 54% (agora com as tarifas Chinesas ainda mais altas, é um valor ainda mais alto!) no custo de produção
O iPhone 16 Pro tinha, antes de tarifas, um custo de produção estimado em 549,73 dólares. Com as novas tarifas aplicadas a países como a China, Taiwan, Coreia do Sul e Japão, o custo disparou e não foi pouco.
Mas atenção: isto é só a base
Este valor é o BOM, ou seja, o custo bruto dos componentes. O preço final que pagamos por um iPhone inclui muito mais, como é o caso de:
- Custos de investigação e desenvolvimento
- Logística, distribuição e retalho
- Marketing global
- Suporte técnico e software
- E claro… a margem de lucro da Apple, que ronda os 40 a 50%
Ou seja, se o BOM sobe, é lógico assumir que o preço final pode disparar ainda mais, para manter a margem.
De onde vêm os componentes?
A lista mostra os principais componentes e o país de origem:
- Processador – Taiwan
- Ecrã e modem 5G – Coreia do Sul
- Bateria e chassis – China
- Memória – EUA
- Câmara traseira e armazenamento – Japão
Ou seja, quase tudo vem de países que agora estão sob tarifas pesadas. De facto, o único componente feito nos Estados Unidos é o mais barato, o armazenamento. Por isso, é impossível fugir ao aumento dos custos, mesmo com parte da produção já a sair da China, e muitas estratégias que a Apple poderá empregar para fugir a toda esta situação.
E em Portugal? Vamos pagar mais?
É quase certo que sim. Mesmo que as tarifas sejam americanas, a Apple compensa perdas em mercados-chave, como o europeu. Além disso, se o iPhone passar a custar mais de 2.000 dólares nos EUA, por que motivo manteria a Apple preços significativamente mais baixos na Europa?
Tudo indica que o iPhone 17 Pro Max pode mesmo passar os 2.000€ por cá, especialmente nas versões com mais armazenamento.