iPhone renasce na China. Como? Com descontos agressivos

Depois de dois anos em queda, a Apple está finalmente a recuperar terreno no mercado Chinês. No segundo trimestre de 2025, a marca registou um aumento de 8% nas vendas de iPhones em relação ao mesmo período do ano passado.

Porém, não foi apenas e só porque sim. A Apple está a ser muito agressiva no preço, com descontos e campanhas que nunca viu, nem nunca irá ver na Europa. Ainda assim, é um sinal claro de que, com o preço certo, o iPhone ainda consegue mexer com o mercado chinês… Isto embora continue atrás da Huawei e da Vivo.

Descontos, subsídios e trocas: o plano Android da Apple funcionou!

A Apple percebeu que não ia lá só com branding e decidiu apostar em descontos agressivos, campanhas de retoma, etc…. Durante o festival de compras 618, a JD.com e a Tmall chegaram a oferecer o iPhone 16 com mais de 2.500 yuans de desconto, o que equivale a cerca de 350 euros abaixo do preço oficial.

Além disso, quem comprava diretamente à Apple, por menos de 6.000 yuans, ainda podia beneficiar de subsídios nacionais até 500 yuans.

Para completar o modelo de negócio, os modelos antigos podiam ser trocados por novos com valores de retoma mais vantajosos. Até alguns Macs entraram na brincadeira com descontos até 2.000 yuans.

Dois anos difíceis… mas o problema não era só o preço!

Entre o terceiro trimestre de 2022 e o primeiro de 2025, a Apple só viu as vendas cair (com uma única exceção). As razões? Regras mais apertadas para uso de iPhones em locais governamentais, tensões comerciais, e concorrência interna cada vez mais forte.

A Huawei, por exemplo, conseguiu manter um crescimento de 12% ano após ano, e continua líder isolada. A Vivo, apesar de ter caído 9%, ainda mantém o segundo lugar. A Apple fica agora em terceiro, o que, sendo realistas, já é uma pequena vitória para a gigante Norte-Americana.

Para complicar, e é aqui que temos de bater o pé, porque é a realidade ocidental, as marcas chinesas como a Xiaomi, Oppo e a própria Huawei têm vindo a melhorar bastante em design e funcionalidades. Isto enquanto a Apple tem mantido uma estratégia mais conservadora nos últimos cinco anos.

E agora?

A Apple continua a depender fortemente do mercado chinês, que representa 20% das vendas globais de iPhones. A recuperação deste trimestre é promissora, mas os dados mais importantes chegam no fim do mês, quando a empresa divulgar os resultados financeiros do terceiro trimestre fiscal. Aí veremos se o impulso se mantém ou se foi só fogo de vista.

Por agora, a mensagem é óbvia, se a Apple quiser continuar a vender bem na China, vai ter de continuar a jogar com o preço, algo que nem sempre faz com gosto. Mas lá está… É o mercado a funcionar! Quando existe rivalidade, é preciso fazer coisas diferentes, e por vezes difíceis. Seria bom ver uma Apple similar por cá. Mas para isso era preciso ver mais concorrência.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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