Pode achar que os mercado Norte-Americano e Europeu são os mais importantes para a Apple, mas… Estaria enganado. O mercado Chinês é gigantesco, e até há bem pouco tempo, era também louco com os produtos da Apple.
Era… Já não é!
iPhone afundou quase 50% na China. E agora?
Provavelmente já ouviu falar do abanão que a VW e outras fabricantes automóveis Europeias andam a levar na China, devido ao facto de os consumidores preferirem cada vez mais automóveis feitos localmente. Mas, o que se calhar ainda não lhe saltou à vista é que está a acontecer exatamente o mesmo com a Apple e os seus produtos. Mais concretamente com o topo poderoso iPhone.
A Apple está a levar um valente abanão na China!
As vendas de smartphones não chineses caíram quase 50% em março, e o iPhone, que é o produto mais importante da Apple, está no centro de todo o problema.
Ou seja, segundo dados da CAICT, as remessas de marcas estrangeiras (essencialmente iPhones) desceram de 3,75 milhões para apenas 1,89 milhões de unidades num ano. E o pior? Enquanto isso, o mercado chinês cresceu 3,3% no total. Ou seja, a Apple está a perder espaço dentro de um mercado que está a crescer.
Ou seja, a Apple está a perder espaço para a Huawei, VIVO, Oppo, Xiaomi, etc…
Mas afinal, o que está a provocar esta queda?
Está (quase) tudo relacionado com dinhiero.
A China lançou um programa nacional de incentivo ao consumo, com 15% de desconto para dispositivos até 6.000 yuan. O iPhone 16 base começa nos 5.999 yuan, o que tecnicamente o exclui. Resultado? Os consumidores viram-se para marcas locais, que encaixam nos critérios de apoio.
Mas o problema não está apenas aqui. É que depois temos a questão da inteligência artificial.
Enquanto as marcas chinesas já estão a encher os seus smartphones com funcionalidades de IA generativa e assistentes ultra avançados, a Apple continua com um pé atrás. Essa lentidão tem-lhe custado caro num mercado onde inovação vale ouro.
Por fim, não podemos ignorar o contexto político.
As tarifas impostas por Trump, o discurso anti-EUA e o incentivo ao consumo interno criaram uma maré nacionalista que favorece empresas como a Huawei, mesmo com sanções em cima.
Qual é a solução?
Por agora? Descontos!
A Apple está a tentar reagir, ponderando baixar os preços dos modelos Pro antes do festival 6.18, uma espécie de Black Friday chinesa. Mas, cada vez mais parece que a Apple vai perder este mercado.