Como estamos fartos de dizer, apesar do seu estrondoso sucesso, a Apple quer mesmo acabar com a ilha dinâmica nos seus próximos e mais caros iPhone. É exatamente por isso que a Apple está a preparar uma mudança relevante no design frontal do iPhone 18 Pro e do iPhone 18 Pro Max.
Onde a ideia passa por esconder o Face ID por baixo do ecrã e mover a câmara frontal para o canto superior esquerdo. Sim, um furo no canto. Não ao centro. Algo que hoje em dia já não é muito comum no ecossistema Android, mas que há alguns anos foi.
Adeus Dynamic Island? Calma
A primeira reação foi imediata. Dynamic Island vai desaparecer. Bem… Não é assim tão simples.

A leitura mais lógica, e que vários comentários apontam, é que a Dynamic Island pode passar a ser sobretudo software. Uma camada visual adaptável, independente da posição física da câmara.
Ela vai existir, porque faz sentido utilizar e já faz parte do iOS. Porém, vai ser bastante mais…. Versátil. Isto faria sentido não só para os iPhones tradicionais, mas também a pensar num futuro iPhone dobrável, onde uma ilha física no ecrã flexível seria um pesadelo de engenharia.
Ou seja, a Apple não mata a Dynamic Island. Transforma-a.
Face ID invisível, câmara visível

Convém esclarecer um ponto que muita gente continua a confundir.
O furo no ecrã não seria para o Face ID. Seria apenas para a câmara frontal.
Os sensores do Face ID não precisam de captar imagem de alta qualidade. Por isso, podem ser escondidos sob o painel. Já a câmara frontal continua a sofrer bastante quando colocada por baixo do ecrã, com perda de nitidez e contraste.
Resultado. Face ID invisível. Câmara ainda à vista.
Isto não é muito Apple… ou é?
Aqui a comunidade divide-se.
Há quem diga que um furo no canto é genérico e pouco elegante. Aliás, o furo lateral já não se usa no Android. Há até quem diga que a simetria é sagrada e que a Apple nunca faria isto.
Mas também há quem lembre que a Apple anda a fazer várias coisas pouco “Apple” nos últimos anos. Uma coisa é certa, lançar algo igual ao Android está fora de questão.
Android já fez isto? Mais ou menos

Sim, alguns Android já usaram câmaras fora do centro, incluindo modelos antigos como o Galaxy S10e. E sim, também existem soluções de Face Unlock por software em vários Android.
Mas aqui a comparação tem limites.
O Face ID da Apple continua a ser um sistema biométrico completo, com sensores dedicados, profundidade e autenticação segura ao nível bancário. Não é só uma câmara a olhar para a cara.
Se a Apple conseguir esconder isso tudo sob o ecrã sem comprometer fiabilidade, é um passo técnico importante.
E o resultado final?
Depende de dois fatores. Primeiro, é preciso que a câmara frontal no canto não estrague a experiência em chamadas e selfies. Ângulos estranhos são meio caminho para caras tortas.
Segundo, se a Apple conseguir integrar tudo visualmente de forma coerente. Animações, notificações e interações vão ter de compensar a falta de simetria física.
Se falhar aqui, o design vai ser criticado. Muito. Mas… A verdade é que vai ser outro design diferente, e se há coisa que corre bem monetariamente para a Apple, é exatamente isso. As pessoas querem o iPhone mais recente, e como tal, ter um ecrã diferente vai com toda a certeza meter o mercado a mexer, tal e qual como o iPhone 17 fez em 2025.

