A Apple não se está a safar muito bem na implementação de funcionalidades baseadas em IA no iPhone. É uma das fabricantes de maior importância mais atrasada neste campo. Mas, no lado dos relógios, pode ser uma das primeiras a impressionar.
O que de facto até faz algum sentido, visto que o Apple Watch é há muitos anos o melhor smartwatch do mercado. Os rivais aproximam-se… Mas… Ainda está tudo muito longe.
Inteligência Artificial no relógio? Está a caminho!
Caso não tenha prestado atenção, a Apple revelou várias novidades durante a WWDC 2025, e entre elas está o reforço da inteligência artificial no Apple Watch com a chegada do watchOS 26.
Mas como seria de esperar, estas novas funcionalidades da chamada Apple Intelligence não chegam a todos. Para as usar, precisas de um iPhone 15 Pro ou mais recente, o que logo à partida limita o acesso a uma boa fatia de utilizadores do ecossistema iOS.
Ainda assim, quem tiver a combinação certa vai poder testar várias melhorias interessantes.
Eis o que aí vem.
Workout Buddy: o treinador virtual com voz real
Esta é, provavelmente, a funcionalidade mais marcante.
O Workout Buddy usa IA para criar mensagens motivacionais personalizadas com base nos teus dados de saúde e fitness. O mais curioso? Usa a voz de treinadores do Apple Fitness+ para te incentivar.
É como ter o teu próprio PT a puxar por ti, sem precisares de pagar por isso.
Tradução em tempo real no pulso
Se tens um Apple Watch Series 9, 10 ou um Ultra 2, vais poder usar o Live Translation diretamente na app Mensagens. Ou seja, podes conversar com alguém noutra língua e ver a tradução imediata no relógio.
Ideal para quem viaja muito ou lida com clientes internacionais.
Genmoji no pulso? Sim, mas com ajuda do iPhone
O watchOS 26, que faz parte da revolucção de software da Apple, também vai permitir que envies Genmoji personalizados diretamente do relógio. São criados no iOS 26 e podem combinar emojis normais com descrições ou até dois emojis juntos para gerar um novo.
A utilidade é discutível, mas está lá para quem quiser brincar.
Mais inteligência, mesmo onde a Apple não diz que é IA
Apesar de algumas funcionalidades não estarem oficialmente marcadas como Apple Intelligence, é claro que há muito machine learning por trás destas melhorias:
- Wrist Flick: um novo gesto onde giras o pulso para rejeitar chamadas ou notificações. Pode parecer estranho ao início, mas é provável que se torne habitual.
- Smart Stack melhorado: o relógio passa a prever melhor o que precisas com base na tua rotina e sensores. Por exemplo, entras no ginásio e ele propõe logo um treino funcional. Perdes sinal? Ele grava o local para te ajudar a regressar.
- Mensagens mais inteligentes: o sistema começa a sugerir pagamentos com Apple Cash quando alguém te envia uma conta, e até te lembra de iniciar um Check-In com base no contexto da conversa.
- Notificações com volume adaptável: se usas som nas notificações, o volume agora ajusta-se automaticamente ao barulho ambiente.
- Chamadas com IA: podes usar o relógio para filtrar chamadas desconhecidas (Call Screening) ou voltar a chamadas em espera (Hold Assist), tal como nos iPhones com iOS 26.
Como dissemos em cima, nem tudo são rosas. Todas estas novidades exigem hardware recente, e o iPhone continua a ser peça central. Ou seja, mesmo que tenhas um Apple Watch compatível, sem o iPhone certo não vais ver metade disto a funcionar.
Isto porque, como é habitual, grande parte daquilo que aparece no seu relógio, vem do smartphone. É a Apple a fazer das suas: inovação, sim, mas com barreiras bem definidas.
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