Ainda se lembra do tempo dos processadores Pentium da Intel? Em que o grande objetivo era ter um único núcleo super poderoso capaz de frequências extremamente altas?
Pois bem, com os meus 30 anos, ainda me lembro dos velhos computadores equipados com processadores Pentium III e Pentium IV cá por casa. De ver o meu irmão a jogar Championship Manager, uma altura em que o Vitor Baía jogava no Barcelona, e onde apenas poderia ver uma barra a mexer e o nome de quem fazia os golos. Belos tempos não eram?
Já passaram muitos anos, e o nome Pentium está quase esquecido, ainda assim, vale a pena salientar que antes da mudança para os dual core e quad core, a Intel estava a desenvolver um projeto que iria dar origem a novos processadores Pentium, sim, estamos a falar dos Pentium V!
Intel Pentium V: Esteve prestes a ser uma realidade!
Portanto, vamos falar um pouco do projeto Tejas da Intel. Um projeto que iria dar vida a pelo menos dois processadores Pentium 5, por sua vez capazes de frequências entre os 7 GHz e os 10 GHz. Sim, leu bem, 10 GHz!
A ideia era chegar a frequências incríveis num único núcleo. No entanto, foi tudo cancelado e posto na gaveta tal era o nível de aquecimento e consumo de energia destes processadores. Foi um pouco graças a este falhanço que a Intel se virou para os Pentium D, e posteriormente, para os Intel Core Duo e Intel Core Quad.
Pois bem, passados quase 20 anos, ficámos agora a saber mais alguns pormenores acerca destes 2 míticos processadores. O processador ‘Tejas’ era o sucessor ao Pentium 4, enquanto o ‘Jayhawk’ seria a versão Xeon, ou seja, a versão profissional da nova gama.
Todo o trabalho começou em 2003, com a esperança de um lançamento logo em 2004. No entanto, devido a algumas dificuldades na parte do design, a data de lançamento acabou por cair para 2005. Curiosamente, as dificuldades não ficaram por aí, e por isso mesmo, o projeto foi cancelado em Maio de 2004.
É que além do consumo, e das temperaturas incrivelmente altas, a Intel também estava a sacrificar performance pura e dura, apenas e só para chegar a frequências mais altas.
Na altura, ambos os processadores eram baseados no processo de 90nm, mas para tentar combater o consumo e temperatura, saltaram para o mais recente processo de 65nm, mas como já deve ter percebido, nem isso resultou.
Curiosamente, o cancelamento deste projeto resultou numa perda de dinheiro muito significativa, numa altura em que a AMD estava a crescer de uma forma muito interessante, graças aos seus processadores Athlon 64. Talvez ainda mais curioso que tudo isto, é mesmo o facto de mesmo em 2022, ainda não termos muitos processadores capazes de chegar, e ultrapassar, a marca dos 5 GHz. Talvez agora a AMD com os novos Ryzen 7000? Mas lembre-se… Tal como no passado, a frequência não é tudo!
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