Há algumas semanas que tudo o que é conversa tecnológica, tem de ter Inteligência Artificial à mistura. O mercado está a mudar, especialmente o mobile, com todas as fabricantes a apostar forte e feio em experiências que têm quase sempre algoritmos baseados em IA como base.
Porém, numa altura em que ainda ninguém sabe muito bem o que é o uso de Inteligência Artificial num smartphone, tablet, relógio ou computador portátil, fica a ideia de que todos os avanços tecnológicos estão a ser direcionados para… Vender! Isto ao mesmo tempo que desistimos de toda a nossa privacidade.
IA está a ser utilizada para vender, e pouco mais!
Portanto, em 2024, a Leak.pt teve a oportunidade de visitar a MWC (Mobile World Congress) em Barcelona, onde claro está, seria mais do que óbvio que íriamos ver Inteligência Artificial até ficarmos quase mal dispostos. Isto em todo o tipo de produtos, mas obviamente com um foco muito grande no smartphone, aquele que é o aparelho computacional principal da grande maioria dos utilizadores à face da terra.
Mas, como também já seria de esperar, a forma como a Inteligência Artificial está a ser desenvolvida e entregue aos consumidores, é… Preocupante, e na realidade pouco entusiasmante.
A Inteligência Artificial está longe de ser “inspiradora”, aliás, está a começar a irritar os consumidores, e pode vir a falhar como ferramenta de trabalho.
Já temos várias tecnologias interessantes, na edição de fotos, e até na parte da pesquisa ou aumento de produtividade no multitasking. Temos os exemplos da Samsung e Google na edição de fotos e pesquisa, e claro, a interface que a Honor apresentou com o Magic6 Pro, onde o smartphone já lhe está a mostrar a app que você vai querer abrir a seguir. Tudo coisas interessantes, mas que está a alimentar-se de forma perigosa de toda a informação que disponibilizamos no dia-a-dia.
No entanto, e aqui acho que a Apple está a seguir o melhor caminho… A chegada da IA tem sido algo muito centro nos ecossistemas Android e Windows. Isto enquanto a gigante Norte-Americana tenta perceber o que pode ou quer fazer para aproveitar a onda de popularidade. A Apple quer afastar-se do Show-Off, para apresentar algo realmente útil, que aumente a qualidade do seu ecossistema.
Especialmente porque toda a loucura da IA não está a afetar as suas vendas. A Apple continua a ser a fabricante que mais vende, mesmo sem funcionalidades baseadas em algoritmos de Inteligência Artificial.
Afinal, a Inteligência Artificial tem sido desenvolvida como uma ferramenta para impressionar, ou vender produtos. O que é desapontante, tal é a sua capacidade de melhorar aquilo que fazemos no nosso dia-a-dia.
É preciso transparência, responsabilidade, e um outro foco. As empresas deveriam estar a trabalhar em criar IA capaz de melhorar as nossas capacidade de produtividade e de criatividade. Isto em vez de substituir aquilo que nós já fazemos.
Em suma, queremos uma Inteligência Artificial virada para o consumo, ou queremos algo que nos ajude a solucionar problemas?