Durante anos, a Samsung foi praticamente sinónimo de smartphones dobráveis. Mas, depois de alguns anos com alguma falta de inovação, o jogo mudou. Curiosamente para o lado da Huawei.
A gigante Chinesa conquistou 48% das vendas globais de dobráveis, enquanto a Samsung caiu para apenas 20%. São números muito interessantes, porque caso não se lembre, a Huawei continua de “castigo” para a Google.
Como é que isto aconteceu?
Pode parecer complexo, mas a resposta é bastante simples: portefólio e preço. Ou seja, a Huawei oferece hoje quatro modelos diferentes de dobráveis.
- Mate XT Ultimate – o triplo dobrável ultra-premium acima dos 4.000€.
- Mate X6 – dobrável horizontal a partir dos 1.800€.
- Pura X – dobrável vertical por cerca de 1.000€.
- Nova Flip – o mais barato, a rondar os 750€, e aquele que tem puxado pela adoção em massa.
Já a Samsung mantém uma linha mais curta: o Galaxy Z Fold 7 (~2.000€), o Galaxy Z Flip 7 (~1.200€) e a versão mais acessível, o Flip 7 FE, que começa nos 900€. Ou seja, enquanto a Samsung continua a apostar sobretudo no segmento premium, a Huawei abriu o leque e trouxe dobráveis para vários bolsos.
Estes números aparecem de onde?
Como é óbvio, estamos a falar de um mercado global. Na Europa, a Huawei continua muito aquém da concorrência, porque não tem acesso aos serviços Google. Mas claro está, a Europa não é o mundo.
Na China, a Huawei já vende mais que a Apple, e só por aí… Dá para perceber o seu sucesso.
De líder a perseguida?
Em 2024, a realidade era outra: a Samsung tinha 45% do mercado e a Huawei ficava-se pelos 24%. Hoje, as posições inverteram-se.
Na China, a adoção já vai nos 3.2% do mercado total de smartphones, um número que pode parecer pequeno, mas é quase três vezes mais do que a penetração nos EUA, que fica pelos 1.2%.
O que isto significa para o futuro?
Se a Samsung não reagir rapidamente com preços mais competitivos e mais variedade, pode ver-se relegada a uma posição secundária naquele que continua a ser o único segmento verdadeiramente inovador no mercado mobile da última década.
Curioso, porque há aqui uma ironia interessante. Mesmo limitada fora da China por sanções e restrições, a Huawei conseguiu virar o jogo. Isso só mostra o quão forte continua a ser no que toca a design, inovação e, sobretudo, estratégia.
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