Eu acredito que, se a Huawei ainda estivesse no meio da luta dos smartphones, o mercado não estaria como está. Ou seja, a Samsung e Apple não andavam a lançar o mesmo smartphone com alguns toques ano após ano, e se calhar, nem existiria uma gama Pixel por parte da Google.
Na minha opinião, enquanto houve Huawei, houve inovação, porque quer gostassem da fabricante ou não, a gigante Chinesa conseguia reinventar-se com novas tecnologias, e novos designs, quase todos os anos. Isto empurrava todas as outras marcas a fazer algo diferente… A arriscar!
Claro que, com o desaparecimento da Google dos smartphones da Huawei, a marca perdeu muito do seu poderio na Europa. Mas… Não morreu. Aliás, está cada vez mais forte, e por isso mesmo, cada vez mais presente nas prateleiras das lojas Europeias. Ainda não há smartphones, mas em tudo o resto? É um mimo.
Há marcas que, quando caem em desgraça, nunca mais se levantam. Mas a Huawei é a prova de que a resiliência também é uma arma no mundo da tecnologia.
Huawei continua forte e isso é um quase absurdo!
Depois de tudo o que passou nos últimos anos, com sanções, bloqueios e perda quase total de relevância no mercado europeu dos smartphones, seria de esperar que tivesse desaparecido do mapa. Mas não. A
Huawei não só resistiu como está cada vez mais forte em áreas-chave, especialmente no mercado dos wearables e do som sem fios.
Uma recuperação que poucos acreditavam ser possível
Nenhuma fabricante teria aguentado o que a Huawei aguentou.
Ver os serviços Google bloqueados, perder acesso a fornecedores estratégicos e ficar limitada no lançamento de novos chips parecia uma sentença de morte. Eu próprio achei que a Huawei nunca mais ia ser ninguém.
Mas a marca chinesa reinventou-se.
Apostou em software próprio, acelerou a sua presença no mercado asiático, onde já lidera, e concentrou esforços em segmentos onde podia continuar a competir sem restrições.
Wearables e som: onde a Huawei é rainha!
Hoje, a Huawei é uma das fabricantes mais fortes no mercado de smartwatches e auriculares sem fios.
Isto com alternativas para todos os gostos e carteiras.
Modelos como o Watch GT ou o Watch D2, este último até mede a tensão arterial e oferece medições médicas avançadas, mostram que a marca não tem medo de inovar.
A aposta na saúde digital tornou-se uma bandeira da Huawei, com funcionalidades que vão muito além da contagem de passos ou do batimento cardíaco.
No som, os FreeBuds Pro e restantes modelos também conquistaram uma posição sólida, oferecendo qualidade acima da média e, muitas vezes, a preços mais interessantes do que os rivais diretos.
Inovação contínua: dobráveis melhores!
Outro campo onde a Huawei continua a brilhar é nos smartphones dobráveis. O Mate XT foi um exemplo de que a marca continua a puxar pela inovação, e o facto de já ter um sucessor mais rápido e eficiente mostra que o ritmo não abrandou.
Enquanto muitas marcas ainda tateiam neste segmento, a Huawei continua a lançar produtos sólidos e competitivos.
E se a Huawei voltar à Europa?
É esta a grande questão.
A Google continua super importante, e as sanções continuam bem vivas. Mas nada dura para sempre.
Por isso, se a Huawei conseguir reentrar no mercado europeu de smartphones sem as amarras de antes, tem tudo para recuperar a posição que já teve. A marca conseguiu manter-se viva contra todas as probabilidades e ainda assim reforçar a sua imagem de inovação e qualidade.
Se resistiu ao pior, não é difícil acreditar que pode voltar ao melhor. E, para ser honesto, o mercado até precisa disso.