HarmonyOS: os segredos da grande ameaça ao Android!

Muito se falou do novo sistema operativo da Huawei para dispositivos móveis. Primeiro não se conhecia o nome e a especulação era muita. De todos, a designação Hongmeng OS era a que reunia mais concordância. Agora o nome já foi oficializado na conferência para programadores da Huawei e a plataforma que pode revolucionar o mundo ficou conhecida como HarmonyOS. Numa fase inicial este sistema está dirigido a dispositivos IoT (Internet das Coisas) e não tem como objetivo substituir o Android. No entanto, tem capacidade para o fazer. Se por pressão de Trump as coisas correrem mal entre a Google e o fabricante chinês, o Harmony OS pode abanar o mercado. Mas afinal o que é o Harmony OS, como funciona e que utilizações pode ter?

HarmonyOS: Tudo sobre a grande ameaça ao Android!

O HarmonyOS foi algo muito falado nos últimos tempos, especialmente quando Trump resolveu brincar com a China. No entanto, já estava a ser desenvolvido há algum tempo. De facto, foi em 2017 que a Huawei começou a desenvolvê-lo. No entanto com tudo o que se passou o desenvolvimento foi apressado. Entretanto a versão 1.0 destina-se, sobretudo, a dispositivos inteligentes. Um bom exemplo disso é a nova TV da Honor que foi apresentada hoje ao mundo, conforme relata aqui o Sílvio.

HarmonyOS:

Entretanto, em 2020 vai ser lançado o microkernel v2.0 e em 2021 a 3.0. Esta última versão terá suporte para wearables.

Entretanto existe (ou vai existir) um ponto muito diferenciador da primeira versão para as outras. É que o HarmonyOS v1.0 ainda vai apostar num kernel Linux juntamente com o microkernel. No entanto, as versões futuras, nomeadamente a partir da 2.0 são serão completamente baseadas no microkernel, sem quaisquer outras coisas.

HarmonyOS:

O HarmonyOS é baseado num microkernel, como acontece com o Fuchsia OS que será o novo sistema operativo da Google.

Isto faz com que o Harmony OS seja um maior concorrente do sistema operativo do gigante dos motores de busca que ainda está para chegar, do que do Android. Uma das grandes mais valias é que graças ao microkernel, a plataforma pode ser utilizada em vários tipos de dispositivos em simultâneo.

Os kernels Linux têm um conjunto de código relativamente grande num endereço partilhado. Os microkernels têm uma quantidade de código mais pequeno e como tal garantem comunicações mais rápidas entre os componentes.

HarmonyOS:

Outra diferença interessante no HarmonyOS é que não vai permitir o acesso root. Isto foi feito para evitar futuras preocupações de segurança que segundo a Huawei causam um risco de segurança em sistemas operativos Android e Linux.

O HarmonyOS parece destinar-se numa primeira fase a dispositivos da Internet das Coisas. No entanto, a Huawei revelou que caso seja necessário podem instalar rapidamente o HarmonyOS nos seus smartphones. Consegue imaginar quanto tempo demoraria? Pois bem, apenas 1 ou dois dias para se substituir o Android. É impressionante ou não é?

Entretanto tem-se falado da compatibilidade com aplicações de outros sistemas.

A verdade é que a as aplicações Android não vão ser suportadas assim tão nativamente. É possível sim, mas são necessárias pequenas alterações. No entanto a conversão de aplicações Android, HTML 5 e Linux é relativamente simples graças ao compilador Huawei ARK.

Talvez seja por este motivo que a Huawei já está a trabalhar numa substituta para a Google Play Store. Para além desta loja a Huawei também apresentou a Huawei Mobile Services como uma alternativa aos Google Play services.

Entretanto o novo sistema operativo da Huawei vai seguir um caminho open-source. De facto, isto vai acontecer já no próximo ano. É uma jogada interessante já que vai permitir que empresas como a OPPO, Vivo e Xiaomi colaborem e desenvolvam o nosso sistema operativo. Já viu o que era as empresas chinesas juntarem-se e começarem todas a usar um sistema operativo concorrente ao Android? São milhões de utilizadores!

Fonte das imagens

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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