Google Wear OS – Como entusiasta tech que sou, sempre achei muita piada à ideia de ter um smartwatch. Afinal de contas, ter um aparelho super inteligente, no pulso, para o acompanhar no dia a dia, parece algo extraordinário. Mas foi apenas aquando da minha entrada na Leak, que tive a possibilidade de testar vários relógios inteligentes, todos eles diferentes à sua maneira, contudo, há algo que reparei… Onde é que anda a Google, no meio disto tudo?
Como deve saber, a Google é uma gigante do mundo mobile! Afinal de contas, se não tiver um iPhone, ou um telemóvel dos anos 90 no bolso… É bem provável que tenha um telemóvel Android!
Mas este não é o único sistema operativo que a Google desenvolveu! A gigante da pesquisa também tentou entrar em grande no mundo dos wearables, nomeadamente, nos smartwatches com o Android Wear, agora conhecido como Wear OS.
Parece que as fabricantes fogem do Wear OS como do diabo da cruz… Mas porquê?
Enquanto a Apple continua a ter imenso sucesso com o seu Apple Watch, sendo considerado por muitos o expoente dos smartwatches no mercado… É muito difícil hoje em dia, recomendar a compra de um relógio com o Google WearOS.
Aliás, já vi muitos especialistas e consumidores dizerem… “Se tens um iPhone, compra um Apple Watch, se tiveres um Android, compra o Galaxy Watch!” Ok, tudo bem, o Galaxy Watch é muito provavelmente a melhor escolha do mercado, a par do Ticwatch Pro, se tiver um smartphone Android.
Mas o que é realmente interessante aqui, é que o Galaxy Watch usa um Sistema Operativo proprietário da Samsung, chamado de Tizen!
Como é possível, o melhor smartwatch para Android, não ser Android (Wear OS)?
É preciso perceber, que um smartwatch não é um smartphone! E por isso, fazer com que um consumidor tenha de ir à Internet para perceber como algo funciona, acaba por ser muito mau para a fama de um qualquer dispositivo.
Além disso, a Google conseguiu estar cerca de 2 anos, sem lançar uma única atualização para o Android Wear… Se por acaso for consumidor, e não vê os ‘bugs’ corrigidos, é normal que fique furioso e até arrependido da sua compra.
Acaba por ser curioso, é que a Apple lançou o seu Apple Watch, um ano depois do primeiro relógio ‘By Google’, mas enquanto a última ficou parada no tempo, a Apple foi aprimorando o seu SO lançamento a lançamento.
Além disso, tendo em conta que os smartwatches são muito virados para a vida ativa, ou seja desporto e wellness… Ter que instalar o Google Fit no telemóvel, e ter de permitir às outras aplicações comunicarem com esta, acaba por ser estranho. Parece que a Google precisa de saber tudo, para que as coisas funcionem.
E num mundo que cada vez mais valor dá à privacidade, temos aqui uma grande ‘Red Flag’.
Mas calma… A Google não é a única culpada! As marcas também não estão a fazer um bom trabalho
Afinal de contas, a Google não vende smartwatches, apenas desenvolve o sistema operativo. Portanto, a produção dos aparelhos propriamente ditos, fica a cargo de terceiros como a Mobvoi, Tissot, LG e outras empresas extremamente bem conhecidas no mercado.
Mas em boa verdade, estas empresas acabaram por não convencer os consumidores, que o Wear OS era a melhor alternativa neste mundo de gadgets wearable… Comparemos isto com a Apple e até com o que a Samsung faz! Que quase fazem o consumidor sentir-se mal. Afirmando que a sua vida não irá estar completa sem um aparelho destes no seu pulso
O Hardware também é importante nesta equação!
Tanto a Apple como a Samsung já possuem componentes bastante mais avançados que a linha Wearable da Qualcomm, algo que é fácil perceber pela autonomia e até pela fluidez destes aparelhos.
O que acaba por ser estranho, isto porque a Qualcomm, tem todas as ferramentas à sua disposição para criar um chipset para smartwatches mais potente, mas também massivamente mais eficiente.
Aliás, a empresa até lançou há bem pouco tempo o Snapdragon Wear 3100, mas a verdade é que esperou muitos anos para o fazer… E o foco nem foi no desempenho, mas sim na autonomia da bateria.
Provavelmente, porque é muito difícil justificar o investimento de milhões de euros no desenvolvimento de um chip para aparelhos… Que posteriormente não saem das prateleiras.
É fácil dizer que os fãs do mundo Android estão à espera da ‘next big thing’, para salvar a plataforma!
Aliás, a mudança de nome de Android Wear para Wear OS, foi para muitos um sinal de que as coisas iriam mesmo mudar! Isto, numa altura em que estes relógios até deixaram de ser exclusivos para os smartphones Android.
Mas foi uma mudança, que acabou por não surtir o impacto desejado…
Curiosamente, no verão de 2018, começaram a aparecer vários rumores de um suposto relógio Google Pixel! Algo que significaria uma nova aposta para o SO mobile! Mas no fim, acabou por ser negado, ou adiado pela empresa… Talvez no próximo ano?
O grande problema aqui, é que a vida do Google Wear OS, tem sido cheia de ‘Talvez no próximo ano…’
Entretanto a Apple tem no seu repertório o melhor smartwatch do mercado. E até a Xiaomi, que é para muitos a rainha do mundo dos Wearable. Tem uma linha de produtos super barata mas com muita qualidade baseada no Android ‘normal’.
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