Como deve saber, depois do desapontante abandono da Microsoft, ficaram apenas dois grandes ecossistemas no mundo dos smartphones, o lado Android (Google) e o lado iOS (Apple). Porém, apesar das imensas similaridades entre ambos os lados da barricada, visto que um qualquer smartphone tem a mesma exata missão de utilização. A realidade é que existem diferenças gigantescas entre as estratégias das empresas responsáveis pelo software que dá vida a todos os aparelhos que entram dentro destes ecossistemas.
Afinal, durante muitos e longos anos, a Google disponibilizou o software, e deixou que as suas parceiras de produção fizessem aquilo que achavam correto. Sendo exatamente por isso que a grande bandeira do ecossistema Android não é um smartphone Google Pixel, sendo na realidade o Galaxy S24 Ultra da Samsung.
No lado iOS, as coisas já não funcionam assim, com a Apple a querer controlar tudo aquilo que entra nos seus aparelhos, esteja a conversa à volta de software ou de hardware. Ou seja, de forma muito resumida, enquanto a Apple produz tudo “in-house”… A Google andou muitos anos a produzir software, e a dar indicações, para os outros lançarem o hardware.
Isto está a mudar agora, naquilo que parece ser uma Google cada vez mais ambiciosa e com “fome” de quota de mercado. Mas… Isto não vai criar algum mau estar no ecossistema Android? Afinal, se a Google quiser lançar uma gama de smartphones Android realmente boa, onde fica a Samsung, Xiaomi, Oppo, Honor, etc…!?
Google quer vender smartphones. E agora?
Portanto, como deve saber, apesar do facto de a Google comercializar smartphones não ser de todo uma novidade, visto que já o anda a fazer há mais de uma década, a realidade é que a sua aposta nunca tão grande e notória como agora.
Sim, já tivemos aparelhos “Google Edition”, smartphones Nexus, e agora temos os famosos smartphones Google Pixel.
Porém, durante todo este tempo, estes aparelhos nunca tiveram como grande objetivo rivalizar com os pesos mais pesados do mercado, além disso, não estavam disponíveis a uma escala global. Serviam apenas como um “modelo” daquilo que a Google gostaria de ver num smartphone, de forma a indicar o caminho para as suas parceiras.
Mas, como já deve ter percebido, a estratégia está a mudar! Naquilo que parece ser uma Google menos interessada em ser uma guia. Preferindo ser uma figura de destaque no lado do hardware.
Isto faz algum sentido, mas ao mesmo tempo, vai criar alguns problemas no ecossistema!
Ou seja, enquanto durante muito tempo os smartphones Google Pixel eram anunciados quase como um “tech demo”, com uma disponibilidade muito limitada a uma escala global, e quase sempre apontados a gamas mais baixas, ou focadas na “qualidade-preço”… A verdade é que o “feeling” à volta destes aparelhos já não é o mesmo. Aliás, podemos até dizer que começaram a mudar com a gama Pixel 8 de 2023.
Afinal, o Google Pixel 8 Pro, apesar do seu hardware com alguns compromissos à mistura no campo da performance pura e dura, já se comporta como um topo de gama a sério, sendo também o aparelho que melhor se safa na integração de Inteligência Artificial.
Isto é interessante, porque ao que tudo indica, os novos Pixel 9 vão ser ainda mais poderosos e interessantes.
Aliás, segundo os mais recentes rumores e leaks de informação, os Google Pixel 10 de 2025 já vão contar com um poder de processamento muito similar aos modelos topo de gama das fabricantes de referência do mundo dos smartphones (Apple e Samsung).
Isto faz obviamente sentido para a Google, visto que estamos a entrar na era da Inteligência Artificial, e como tal, a gigante da pesquisa quer que as coisas sejam bem feitas, da forma que sempre imaginou. Mas, por um outro lado, ver um smartphone Pixel topo de gama, com o mesmo preço de um qualquer Samsung, Xiaomi, Oppo, etc… Com as mesmas ou maiores capacidades, ao mesmo preço, vai obviamente levantar questões na cabeça dos consumidores.
Em suma, para quê comprar um Samsung, Xiaomi, Oppo, Honor, etc… Se posso comprar um smartphone Google Pixel? Um aparelho que em teoria tira o máximo partido do software e hardware? Não é… Mais interessante?
Bem… Antes de mais nada, partilhe connosco a sua opinião acerca de tudo isto na caixa de comentários em baixo? Acha que faz sentido para a Google vender hardware próprio, quando durante tantos anos, a aposta este no hardware de outras empresas? Partilhe connosco a sua opinião na caixa de comentários em baixo.
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