Google ainda é um sinónimo de pesquisas na Internet. Mas… A realidade é que já não é aquilo que era. Muitos utilizadores preferem pesquisar diretamente num chatbot IA, como é o caso do ChatGPT, porque vão receber uma resposta direta, em vez de vários sites que podem ou não ter a resposta que você quer encontrar.
Ainda assim, a Google continua a afirmar que o seu domínio não está em risco. Acredita nisso?
Google diz que ChatGPT e outras IAs não são uma ameaça ao seu domínio no lado da pesquisa.
Com cada vez mais pessoas a usar o ChatGPT (ou outras IAs) para encontrar informação, muitos antecipavam uma quebra clara no tráfego do Google e, consequentemente, nas receitas de publicidade. Afinal, se já tens a resposta na hora, porque irias clicar num link? Aliás, esta é a razão pela qual muitos sites estão a queixar-se, ou até a encerrar.
Um dos maiores sites do mundo, o The New York Times, por exemplo, reportou uma queda de 8% no tráfego vindo da pesquisa orgânica. Ao mesmo tempo, o ChatGPT soma mais de 2,5 mil milhões de queries por dia.
Mas segundo o próprio Google, a história é outra.
Num artigo assinado por Liz Reid, responsável pelo Google Search, a gigante de Mountain View garante que o número de cliques para sites de terceiros está estável face ao último ano.
Aliás, até conta com um ligeiro aumento no que chamam de “cliques de qualidade” (aqueles em que o utilizador não recua logo para procurar outra coisa).
Google afirma estar a beneficiar da IA
Reid explica que o crescimento da IA não está a canibalizar o Google, mas sim a gerar mais pesquisas no total. Em muitos casos, os utilizadores usam as AI Overviews do próprio Google, onde até acabam por clicar nas fontes listadas, sobretudo quando o tema é complexo ou envolve uma compra.
Mas… Eu duvido. Não é isso que se verifica neste novo mundo onde a IA está um pouco por todo o lado.
Quem perde e quem ganha?
Sobre as quebras reportadas por alguns sites, Reid diz que outros estão a ganhar. Os que oferecem fóruns, vídeos, podcasts e conteúdos com “vozes autênticas” e análises em primeira pessoa estão a atrair mais cliques.
Também cresce a procura por artigos originais e análises profundas, exatamente o tipo de conteúdo que resiste melhor à “revolução da IA”.
Antes de mais nada, o que pensa sobre tudo isto? Acredita nesta forma de ver as coisas da Google? Ou é areia para os olhos?