O Samsung Galaxy Ring, o gadget que prometia revolucionar a forma como monitorizamos a nossa saúde, está no centro de uma polémica perigosa. Um utilizador viu-se obrigado a recorrer ao hospital depois de a bateria do anel inchar enquanto estava no dedo, tornando impossível removê-lo sem ajuda médica.
Do sonho de saúde ao pesadelo no aeroporto
O caso foi relatado por Daniel (@ZONEofTECH), criador de conteúdos de tecnologia. Segundo explicou, o problema começou em plena viagem, momentos antes de embarcar num voo. De repente, o Galaxy Ring começou a inchar e a prender-se ao dedo, causando dor intensa e impedindo a sua remoção.
“Doía e não conseguia tirar. A bateria estava a expandir dentro do anel”, descreveu Daniel nas redes sociais, acompanhando o relato com imagens chocantes do dispositivo visivelmente deformado.
A situação foi tão grave que o criador acabou por ser impedido de embarcar, sendo enviado diretamente para o hospital.
A remoção de emergência
No hospital, os médicos tiveram de recorrer a várias técnicas para retirar o anel:
Aplicaram gelo para reduzir o inchaço do dedo.
Usaram um lubrificante médico especial para deslizar o dispositivo.
Tentativas anteriores com creme e sabão só agravaram a situação, já que o calor e o atrito fizeram a bateria expandir ainda mais.
Após a remoção, novas imagens mostraram o interior do Galaxy Ring totalmente danificado, com a bateria e a estrutura interna deformadas.
Samsung reage e recolhe o anel para investigação
A Samsung não perdeu tempo. Assim após ser marcada nos posts de Daniel, a empresa entrou em contacto, cobriu todas as despesas do hotel e viagem e recolheu o dispositivo para investigação.
Em comunicado enviado ao site Android Authority, a marca sul-coreana disse:
“A segurança dos nossos clientes é a nossa principal prioridade. Este é um caso extremamente raro, e estamos em contacto direto com o utilizador para recolher o produto e compreender as preocupações.”
O que pode ter causado o problema?
Daniel partilhou algumas teorias sobre a origem do acidente:
- Exposição ao calor intenso do Hawai, onde estava a participar no Snapdragon Summit.
- Contacto com água salgada, que pode corroer componentes internos.
- Vários voos consecutivos, que podem ter afetado a pressão interna da bateria.
- Ou até uma falha de fábrica já existente.
De todas as hipóteses, a mais provável é a exposição a água salgada. Apesar da classificação 10ATM e IP68, o Galaxy Ring não está preparado para resistir ao sal, que pode corroer rapidamente os materiais e provocar falhas críticas.
Problemas anteriores com a bateria
Curiosamente, este não foi o primeiro sinal de alerta. O próprio Daniel revelou que já tinha notado problemas:
A bateria, que deveria durar até sete dias, estava a aguentar apenas 1,5 dias.
Relatos semelhantes já tinham surgido em fóruns e no Reddit, onde alguns utilizadores receberam substituições gratuitas da Samsung mas os problemas voltaram a repetir-se.
Um aviso para todos os utilizadores
O Galaxy Ring foi lançado em julho de 2024 como o primeiro smart ring da Samsung, mas este incidente levanta sérias dúvidas sobre a sua fiabilidade e, sobretudo, segurança.
Embora a marca classifique o caso como “extremamente raro”, o episódio mostra que até um gadget tão pequeno pode tornar-se perigoso.
Risco real ou caso isolado?
Entretanto ainda é cedo para dizer se este será apenas um episódio isolado ou o início de uma longa lista de reclamações. O certo é que a Samsung já está a investigar e promete respostas. Mas a pergunta fica no ar: vale a pena arriscar usar um smart ring que pode transformar-se num pesadelo no teu dedo? Nota final: Se tens um Galaxy Ring, evita o contacto com água salgada e fica atento a sinais estranhos, como a bateria a durar menos do que devia ou o dispositivo a aquecer sem explicação. A prevenção pode evitar uma ida inesperada ao hospital.
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