Os cruzeiros são o sonho de milhões de pessoas: sol, mar, festas, cocktails infinitos e paragens paradisíacas. Só em 2025, estima-se que mais de 19 milhões de pessoas embarquem em cruzeiros. Mas há um lado sombrio nestas férias de luxo que poucos conhecem… e que pode ser fatal. Assim se vais fazer um cruzeiro este ano tens mesmo de saber isto!
Se vais fazer um cruzeiro este ano tens mesmo de saber isto!
Imagina cair de um prédio de 10 andares. Agora imagina que esse prédio está em movimento, rodeado por água, e que ninguém te vê cair. É isso que acontece quando alguém cai de um cruzeiro. E sim, acontece. Mais vezes do que gostarias de imaginar.
Quantas pessoas caem de cruzeiros todos os anos?
Os números não mentem. Segundo dados da Cruise Lines International Association, entre 2009 e 2019, uma média de 19 pessoas por ano caiu de navios de cruzeiro. No total, 212 pessoas foram vítimas deste tipo de acidente. O mais chocante? Apenas cerca de 20% sobrevivem. Ou seja, cair de um cruzeiro é quase sempre uma sentença de morte.
E estas estatísticas são conservadoras. Estamos a falar de dados fornecidos pela própria indústria de cruzeiros, o que significa que podem estar subestimados.
Mas as quedas não são o único perigo…
Um estudo publicado no International Journal of Travel Medicine and Global Health revelou algo ainda mais inquietante: entre 2000 e 2019, registaram-se 623 mortes em cruzeiros. Cerca de 23% foram por quedas, mas 19% resultaram de suicídios, homicídios ou ataques terroristas.
Sim, leste bem. E tudo isto em navios cheios de segurança, câmaras e pessoal. Mas quando estás em mar alto, as regras mudam e a lei também.
As empresas quase nunca são responsabilizadas
Mesmo que alguém morra a bordo, é extremamente difícil responsabilizar legalmente a companhia. Porquê? Porque os cruzeiros operam em águas internacionais e estão protegidos por uma lei dos anos 20 chamada Death on the High Seas Act (DOHSA).
Esta lei limita fortemente as indemnizações em caso de morte em alto-mar. Se a vítima for uma criança ou reformado, por exemplo, a família não recebe nada, porque não há “perdas económicas”. E se o corpo nem sequer for recuperado? Até os custos de funeral são reduzidos.
Várias tentativas de reformar esta lei falharam. Assim a indústria dos cruzeiros investe milhões para manter tudo como está.
Os cruzeiros são incríveis… mas não ignores este lado oculto
A probabilidade de caíres de um cruzeiro é pequena, mas as consequências são catastróficas. E o pior? A maioria das mortes podia ser evitada com medidas simples: menos álcool, mais vigilância, tecnologia de deteção de quedas em tempo real.
Por isso, da próxima vez que pensares em embarcar numa dessas férias flutuantes, lembra-te: o verdadeiro perigo não está nas ondas está na altura a que estás do chão… e na falta de proteção legal caso algo corra mal.
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