Quando compra um computador pré-montado, ou um qualquer portátil, mesmo que de uma fabricante de referência no mercado, é completamente normal ter de levar com algum “bloatware”. Ou seja, software que não é estritamente necessário para o funcionamento do produto, mas que está presente devido a acordos entre as empresas responsáveis por esse software, e pela própria fabricante da máquina. Isto também acontece no lado dos smartphones, mas é inegavalmente mais comum no lado dos portáteis.
Dito tudo isto, nos computadores, este “bloatware” inclui quase sempre uma suite de proteção, de marcas que até são bastante conhecidas, como é o caso Avast, da McAfee, etc… Ou seja, teoricamente, nem deveria ser algo super negativo, visto que mais proteção, de borla, por uma empresa conhecida, até pode ser uma coisa positiva.
Porém, nestas últimas semanas de “review” a portáteis de nova geração, este tipo de software está a levar-me à loucura.
Aliás, tenho a certeza absoluta que nenhum consumidor, até mesmo o mais casual à face da terra, consegue ficar feliz e contente com esta forma de fazer as coisas.
Afinal, são avisos pop-up de que “as defesas estão em baixo”, e por isso tem de renovar a licença. O que é obviamente uma “caça ao dinheiro”. Isto já para não falar nas mudanças repentinas sem a autorização expressa do utilizador, como é a mudança do motor de pesquisa no seu browser, ou instalação de ferramentas ou extensões, que ningúem sabe muito bem para o que servem, e que muitas vezes só estão ali para chatear, ou absorver recursos computacionais.
É mesmo muito irritante! É uma prática que tem de acabar!
Estou farto de antivírus que parecem autênticos vírus!
Portanto, como já disse no passado, apesar de parecer quase sempre algo de positivo ter uma licença ativa, de um qualquer antivírus, quando estamos a tirar o nosso novo portátil da caixa. A realidade é que muitos destes antivírus não trazem uma licença de 1 ou 2 anos, mas sim de “trial”. A ideia é aparecer instalado, para que você pague uma subscrição a sério logo nos primeiros dias de uso.
É por isso que estes antivírus “pensam” que mostrar trabalho é uma boa ideia. Ou melhor, mostrar que estão presentes, e que estão a fazer alguma coisa em prol da sua segurança. Mas, não se deixe enganar!
O antivírus que mais me irrita nestes moldes, é sem dúvida alguma o McAfee, que aparece na grande maioria dos portáteis da ASUS, e também de outras fabricantes como é o caso da Lenovo. É o exemplo mais irritante de antivírus que mexe nas coisas, sendo sempre muito pouco claro naquilo que faz, ou quer fazer. Na realidade, sem olhar para a proteção pura e dura, onde acredito que a empresa faz um bom trabalho. A forma como aparece, e age, nestas máquinas, parece mais um vírus do que um antivírus!
Por exemplo, por duas vezes, já tive o meu Motor de Pesquisa do meu Google Chrome apontado para o Yahoo! em vez do tradicional Google, porque o McAfee decidiu mudá-lo sem a minha autorização. Mas isto faz algum sentido? Juro que, da primeira vez, pensei imediatamente que tinha sido infetado com um qualquer vírus.
Afinal, que software vai mudar o meu motor de pesquisa predefinido só porque sim?
Ao mesmo tempo, temos avisos incessantes ao longo do dia, dos mais variados tipos, sempre a vir do antivírus. Avisos que lhe roubam a atenção do trabalho que está a fazer, e por vezes até removem o ponteiro da janela onde está a trabalhar. É anti-produtividade!
O que levanta uma questão…
Se a experiência que este software é tão má, não será boa ideia para as ASUS, Lenovos, etc… Desta vida, desistirem destas associações.
Porque no fundo, eu não fico apenas e só irritado com a McAfee, fico também irritado com a fabricante do meu portátil.
A ponderar!