Todos já ouvimos que o protetor solar é essencial para proteger a pele dos danos causados pelo sol. Ajuda a prevenir queimaduras, envelhecimento precoce e, o mais importante, reduz o risco de cancro de pele. Mas há um erro comum e incrivelmente simples que pode estar a anular completamente a proteção, mesmo quando achas que estás a fazer tudo certo. O problema não é o protetor… és tu que não o estás a usar bem. Um simples erro ao usar o protetor solar pode anular o efeito.
O erro ao usar protetor solar que está a anular o efeito
O maior erro é aplicar o protetor solar de forma insuficiente ou irregular.
Muita gente coloca apenas uma camada fina, espalha de forma apressada ou esquece zonas importantes do corpo. O resultado? A pele fica com áreas mal protegidas, permitindo que os raios UV causem danos mesmo que estejas convencido de que estás “protegido”.
As zonas mais esquecidas
Segundo dermatologistas, há partes do corpo que quase toda a gente ignora ao passar protetor:
- Orelhas
- Pescoço (atrás e na nuca)
- Pés e dedos
- Lábios (que também precisam de proteção específica)
- Couro cabeludo ou linhas de cabelo abertas
- Mãos, especialmente o dorso
Assim todas estas zonas recebem radiação solar direta e podem queimar-se facilmente.
A quantidade certa (que quase ninguém usa)
Os especialistas recomendam usar cerca de 2 miligramas de protetor por centímetro quadrado de pele.
Na prática, isso significa:
Rosto e pescoço: cerca de meia colher de chá
Corpo inteiro: cerca de uma colher de sopa cheia
Quando usamos menos do que isso e a maioria das pessoas usa o fator de proteção indicado no rótulo cai drasticamente. Um protetor SPF 50 pode, na prática, estar a oferecer apenas SPF 15 ou menos.
O timing é fundamental
Outro erro frequente é aplicar o protetor apenas quando já estamos ao sol. O ideal é colocá-lo cerca de 20 a 30 minutos antes da exposição, para que o produto forme a barreira protetora adequada. Se passares apenas quando já estás na praia ou na rua, vais passar os primeiros minutos praticamente sem proteção.
Reaplicar não é opcional
Mesmo os protetores resistentes à água perdem eficácia com o tempo, suor, fricção da roupa ou toalhas. A regra de ouro é: reaplicar a cada 2 horas ou imediatamente após nadar ou transpirar muito. Ignorar esta etapa é como colocar um cadeado na porta… mas deixá-lo aberto.
Nem todos precisam do mesmo SPF, mas para uso diário, dermatologistas recomendam no mínimo SPF 30. Se vais passar várias horas exposto ao sol, especialmente na praia ou piscina, optar por SPF 50 é mais seguro.
Outros cuidados que potenciam a proteção
- Chapéus de abas largas para proteger o rosto e pescoço
- Óculos de sol com proteção UV para proteger os olhos e a pele à volta
- Roupas leves e de manga comprida em exposição prolongada
- Evitar as horas de maior radiação (entre as 11h e as 16h)
O perigo de confiar no “sentir-se protegido”
Entretanto a sensação de que o protetor “dura todo o dia” leva muitas pessoas a exagerar no tempo ao sol, aumentando o risco de queimaduras graves. Assim o protetor solar não é um escudo invencível. Trata-se de uma ferramenta que precisa de ser usada corretamente para funcionar.
Não basta comprar o melhor protetor solar do mercado. Assim é preciso saber aplicá-lo na quantidade certa, no momento certo e reaplicar regularmente. O erro de passar pouco produto, esquecer zonas importantes ou não reaplicar pode estar a deixar a tua pele vulnerável, mesmo quando achas que estás protegido. No combate aos danos do sol, o detalhe faz toda a diferença.