(Ensaio) Golf GTI Clubsport: O último “pop pop pop”?

(Ensaio) Golf GTI Clubsport: O mundo automóvel está neste momento a ser completamente dominado pela revolução elétrica. Isto significa que os velhos motores a combustão estão todos a receber alguns extras elétricos, ou então estão mesmo a desaparecer por inteiro de forma a dar espaço a uma gigantesca bateria e a motores bastante mais simples alimentados apenas e só por eletrões.

Mas… Como nada é capaz de substituir o feeling de condução num carro pensado para a performance, onde claro está, o combustível é a velha gasolina, hoje vamos falar um pouco de um carro muito especial, mas que pode estar em vias de extinção.

Vamos dar uma olhadela ao Golf GTI na sua edição especial Clubsport.

(Ensaio) Golf GTI Clubsport: O último “pop pop pop”?

Portanto, antes de começar a falar do GTI Clubsport em concreto, tenho de falar de um outro teste que fiz em 2021, ao Golf R. Porquê? Bem, tive uma comichão que pura e simplesmente nunca fui capaz de ‘coçar’ até este teste.

Ou seja, como disse na análise ao Golf R, o seu ensaio de 5 dias foi a experiência mais fora da caixa que tive nestes 6 anos de ensaios automóvel, e claro, apenas o Golf GTI Clubsport foi capaz de matar um pouco a fome. Só um pouco? Sim, o GTI não é um automóvel tão refinado como o Golf R.

É mais calmo, é mais comedido… Mas também é mais simples, o que torna a experiência muito mais real, o que com a ajuda dos detalhes exteriores também torna tudo mais “racing”, quase a fazer lembrar os tempos em que os filmes de Velocidade Furiosa tinham como base as corridas e não lançamentos de carros para o espaço.

Em suma, conduzir este Golf GTI Clubsport com 300cv foi inegavelmente uma experiência muito especial. Porém, tenho muito medo que esta seja uma das últimas vezes que vou ouvir os sempre engraçados “pop pop pop”, ou seja, os velhos Pops and Bangs deste tipo de carros mais fora da caixa.

O GTI Clubsport!

Estamos aqui a falar de um motor TSI 2.0 com uma transmissão DSG bastante afinada para tirar o melhor que esta combinação tem para oferecer. O Golf GTI Clubsport é um automóvel que lhe dá um outro tipo de confiança, isto ao mesmo tempo que oferece agilidade, velocidade, e segurança. É uma experiência que todos os condutores deveriam ter pelo menos uma vez na vida.

Clubsport porquê?

Esta é uma versão mais poderosa do velho GTI, ao contar com mais 55 cavalos, e mais alguns detalhes que não revolucionam a experiência, mas que a melhoram um pouco face ao modelo original.

Conforto num carro que não parece confortável!

A posição de condução deste GTI é incrível, isto dito por um condutor com 1m90 e quase 100 kg. Algo que me surpreendeu, porque visto de fora, parece que temos algo muito mais compacto do que aquilo que é na realidade. Mas, no fim do dia… É um Golf.

Interior é o de um Golf completamente normal, à exceção de alguma iluminação e detalhes a vermelho
Bagageira a mesma história.
Porém, fico com a sensação que o espaço para os passageiros é um pouco mais encurtado.

Tudo isto significa que apesar da sua potencial performance no asfalto, este Golf “mais especial” pode ser um carro para o dia-a-dia, apenas tem de mexer um pouco nos modos de condução.

  • Nota: Porém, como é óbvio, não vai ter os mesmos consumos de um modelo 1.5 TSI ou similar. Os consumos não são exagerados se tiver cuidado com o pedal, mas como também deve imaginar, comprar um GTI para levar os filhos à escola é… parvo…

Porém, ao ser um Golf, sofre dos males do modelo mais calmo. Na verdade, dos mesmos problemas de muitos dos automóveis do grupo VW. Temos botões touch no volante, bem como um sistema de entretenimento na consola central que tenta fazer demasiado com controlos que não dão qualquer feedback ao utilizador. (Mas, a VW já anunciou que isso vai mudar num futuro próximo!)

GTI vs R

O GTI não é tão rápido, tão veloz ou tão ágil quando comparado ao mais caro R. Mas, também não fica muito longe, e compensa tudo isto com os tradicionais detalhes GTI a vermelho, e um corpo bastante mais jovial. O GTI Clubsport também parece mais “soltinho” de traseira se porventura quiser arriscar.

Conclusão

É um Golf, mas é um Golf que anda que se desunha, com um design bastante mais fora da caixa, mas capaz de agradar até aos mais velhos. Espero que esta não seja a última vez que falo de um carro deste tipo.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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