Dragon Ball: Sparking! ZERO (Análise PS5)

Quem se lembra de acordar cedo ao fim de semana, ligar a TV, meter na Sic Radical e esperar para ouvir… “GT! Dragon Ball GT Guerreiro! Herói serás sempre o primeiro! Para combater as forças do mal… Son Goku!”

Claro que após toda esta inspiração, o próximo passo era ligar a nossa PS2 e ir jogar um pouco de Budokai Tenkaichi até à hora de almoço.

Pois é, caro leitor, estamos perante o lançamento do jogo mais recente deste franchise nostálgico e avô das mangas Shonen, Dragon Ball.

Tenho de admitir que, apesar do nome altamente estranho, Sparking ZERO é dos meus jogos mais antecipados de 2024! Desde que vi o trailer há dez meses atrás e fui transportado mais de VINTE ANOS atrás para quando jogava Dragon Ball na PS1 com o Nuno Oliveira aqui da Leak.pt… Mano… Estamos velhos!

Entretanto, agora que já tive a oportunidade de jogar este jogo que é o Budokai Tenkaichi 4 em tudo menos no nome. Está na hora de responder à questão que realmente importa! Será que cumpre as espectativas que todos nós tínhamos? Vamos descobrir com esta análise.

Dragon Ball: Sparking! ZERO (Análise PS5)

dragon ball: sparking! zero (análise ps5)

História

Como já seria de esperar, a história segue os nossos heróis preferidos desde a saga dos Saiyans no Dragon Ball Z, até ao Torneio do Poder no Dragon Ball Super. Pelo menos, temos alguns cenários “e se” (What If) que podemos encontrar como extras.

A grande diferença relativamente a outros jogos mais recentes de Dragon Ball é a possibilidade de jogar o modo de história da perspectiva de oito personagens diferentes: Goku, Vegeta, Piccolo, Gohan, Trunks, Frieza, Goku Black e Jiren.

  • (o modo mais expansivo é sem dúvida o do Son Goku, sendo que os restantes são, em alguns casos, bem mais curtos)

Entretanto, é de salientar que, havendo tantas sagas para percorrer, o modo de história é na minha opinião, demasiado compacto. Com isto quero dizer que se passa à frente de algumas batalhas e momentos que acharia interessante ter mantido. É de salientar também que algumas cutscenes são em formato de slides com o áudio das personagens por trás.

Porém tirando esta pequena critica, é sempre um gosto e uma viagem nostálgica reviver os pontos altos deste franchise. Especialmente quando incluem batalhas com personagens gigantes como a versão Great Ape do Vegeta.

Fico muito feliz também pelo amor demonstrado ao Dragon Ball GT com a inclusão de muitas das suas personagens e transformações mais importantes! (Fica já a saber, caro leitor, que apesar de já não ser canónico, o Dragon Ball GT terá sempre um lugar especial no meu coração… Um facto que deixa o nosso Nuno Oliveira bastante irritado.)

Gráficos e Performance

Resumindo os gráficos numa única palavra… Incríveis!

dragon ball: sparking! zero (análise ps5)

O estilo da arte é uma espécie de junção entre o Dragon Ball FighterZ e o Dragon Ball Kakarot, que acabou por criar uns visuais extremamente apelativos.

  • (terem criado o jogo na Unreal Engine 5 também ajudou)

Assim, quando estamos a meio de uma batalha intensa em que o Goku se transforma em SSJ Blue, o Vegeta em SSJ4, e ambos lançam os seus ataques ultimate… Digamos que até hoje ainda não tinha existido uma representação tão poderosa e fiel destas personagens.

Relativamente à performance, posso dizer com confiança que esta é mais que aceitável. É certo que em alguns momentos (muito poucos) os frames podem cair um pouco. Ainda assim, a grande maioria da experiência é estável, mesmo nesta versão de acesso antecipado à qual tive acesso para esta análise.

Temos também a hipótese de ativar HDR (que recomendo vivamente se tiver uma TV/monitor compatível) assim como opções para regular a intensidade do desfoque de movimento (Motion Blur) assim como o tremer da câmera (Camera Shake).

Fico apenas desiludido com a falta de um modo de qualidade/performance em que idealmente seria possível reduzir a resolução mas subir os FPS para além dos 60 (algo que faz toda a diferença em jogos rápidos como Sparking! ZERO).

Gameplay

É aqui que entramos na componente mais importante de um jogo de luta e o motivo pelo qual sempre existiu uma comunidade gigante de gamers dedicados que ainda jogam Budokai Tenkaichi 3!

dragon ball: sparking! zero (análise ps5)

Isto porque, de todos os jogos do Dragon Ball que joguei (desde o GT Final Bout na ps1), nenhum conseguiu capturar tão bem o equilíbrio entre acessibilidade e técnica como o franchise Budokai Tenkaichi e agora, o Sparking! ZERO.

Apesar do gameplay ser bastante parecido com por exemplo o da saga Xenoverse, esta era sem dúvida mais fácil, especialmente no que tocava às mecânicas de bloqueio/evasão de ataques e combos.

Em Sparking! ZERO estas mesmas mecânicas são mais complexas e requerem mais paciência para aprender, o que por sua vez também se torna mais gratificante quando conseguimos finalmente superar um desafio.

Os combates são realizados em arenas 3D onde temos liberdade total de movimento e onde uma boa porção dos cenários são destrutíveis. Isto quer dizer que à medida que o combate avança, o terreno e até as nossas personagens vão mostrando o desgaste da batalha que enfrentam.

A juntar à variedade de mecânicas, mapas e até músicas de background, podemos contar com umas incríveis 182 personagens jogáveis!

Temos tudo desde os filmes do Z, às personagens do GT e inúmeras variações das personagens que mais adoramos (temos até, por exemplo, ambas as versões do Broly para quem preferia o psicopata do Z que só sabia gritar KAKAROOOOOOT).

Falando agora um pouco dos modos de jogo, podemos contar com:

dragon ball: sparking! zero (análise ps5)

  • Episode Battle: o modo principal de história onde vivemos os melhores momentos das nossas personagens favoritas.
  • Custom Battle: o modo em que podemos criar as nossas próprias batalhas icónicas e cenários “e se” onde ditamos as regras do jogo assim como as condições para a vitória. É possível até criar cutscenes onde escolhemos o que as personagens vão dizer/fazer!
  • Battle: o nosso típico modo arcade onde podemos jogar com as personagens que já desbloqueámos.
  • Super Training: o modo em que é possível aprender todas as mecânicas de Sparking! ZERO
  • World Tournament: aqui podemos participar em torneios pré feitos como os Cell Games e o Torneio do Poder, assim como criar os nossos próprios à medida.
  • Zen-Oh’s Orders: neste menu é onde podemos ver os pedidos que o grande Zen-Oh tem para nós, assim como onde podemos ir buscar as recompensas por completar os mesmos (por exemplo usar uma personagem X vezes).
  • Whis’s Stamp Book: muito similar aos pedidos do Zen-Oh onde completamos tarefas para ter recompensas.
  • Shop/Customize: o menu onde podemos comprar novas personagens, skins, items de batalha, músicas, entre outros…
  • Player Card: onde podemos customizar o nosso perfil on-line.
  • Encyclopedia: o menu onde temos acesso à história e modelos 3D de todas as personagens presentes no jogo.
  • My Data: o menu onde podemos ver o nosso progresso global.
  • Theater: aqui é onde podemos ver novamente as cutscenes que já desbloqueámos
  • Invocação dos Dragões: este modo é aquele que me dá sempre arrepios nos jogos do Dragon Ball em que está presente. É aqui que podemos invocar o Shenron/Porunga/Super Shenron quando reunimos as respetivas bolas de cristal para desbloquear personagens especiais entre outras coisas.

Conclusão

Em suma, posso dizer que Dragon Ball Sparking! ZERO era tudo aquilo que eu queria de uma sequela espiritual aos Budokai Tenkaichi.

Tirando o modo de história que, na minha opinião, poderia ser um pouco mais completo, tudo o resto desde as personagens, às arenas, ao gameplay e aos gráficos é fenomenal. Temos a complexidade e variedade dos jogos mais antigos deste franchise que, juntamente com os gráficos modernos da Unreal Engine 5, cria a derradeira experiência Dragon Ball.

Não tenho qualquer problema em recomendar Sparking! ZERO a todos os fãs de Dragon Ball, assim como a fãs de jogos de luta 3D.

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Gonçalo Henriques
Gonçalo Henriques
Lembro-me de ser miúdo e passar os meus dias a jogar NES/PS1, acho que até aí já sabia que iria ser gamer para o resto da vida. Agora quero partilhar este meu interesse com todos os que estejam interessados em ouvir um geek a falar da sua paixão.

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