Viajas de transportes públicos com cartão contactless ou passas pela cancela sem pensar? Pode até parecer seguro, mas a verdade é que há mais a saber e sim, há risco, embora pequeno, e já foram detectados casos que mostram que não é mito. Casos reais de clonagem à distância por RFID são raros. Especialistas e investigações confirmam que é quase impossível roubar informação a vários metros de distância: a leitura contactless normalmente exige poucos centímetros além disso, os cartões modernos usam tecnologia encriptada (EMV), que os torna muito mais seguros e difíceis de clonar. Mas no meio de tudo isto podem mesmo tirar dinheiro do cartão nos transportes?
Podem mesmo tirar dinheiro do teu cartão nos transportes?
No entanto, situações reais aconteceram em sistemas de transporte. Por exemplo, o famoso caso dos Oyster cards no metro de Londres: investigadores conseguiram clonar cartões contactless ao aproximar-se com um leitor especial, e até adicionaram viagens ilimitadas a esses cartões clonados. Isto levou a uma resposta imediata das autoridades.
E os roubos “skimming” são mesmo comuns?
Sim, com outra abordagem. Os casos graves não se passam a metros de distância, mas sim com máquinas alteradas ou “skimmers” escondidos nas máquinas de pagamento nas estações ou autocarros capazes de ler os dados quando colocas o cartão contactless no leitor. É uma técnica já confirmada e usada em diferentes pontos de venda e transportes.
Mas será que acontecem nos transportes?
Existem relatos de pequenas fraudes contactless em transportes, como em empresas de transportes que reduziram limites ou baniram certos bancos após casos de “pagamentos não autorizados”. Apesar de não haver uma estatística sólida, são suficientes para atestar que o risco não é apenas teórico.
O perigo que está à mão literalmente
Se estás dentro de um comboio cheio e alguém te esfrega um leitor nas roupas ou na mala, os teus dados podem-se transmitir. Mas só se estiver ali, quase a tocar.
Adicionalmente, se o terminal do sistema público tiver sido adulterado, o cartão pode ser lido com normalidade, com ou sem PIN, dependendo das políticas internas do sistema.
Como te protegeres sem transformares isto num medo constante
Usa carteiras anti-RFID, essas que cortam o sinal. Não são uma garantia total, mas funcionam como blindagem extra.
Cobre o terminal enquanto passas o cartão e observa sinais de possíveis skimmers (teclados suspeitos, excesso de cola ou partes desalinhadas).
Restringe limites contactless ou define um PIN quando o sistema permitir.
Consulta rapidamente a tua conta depois de viajar. Assim detectas qualquer uso fraudulento.
Então em que ficamos?
Sim, há e há casos reais envolvendo transportes públicos sejam clonagens simples em sistemas contactless ou fraudes com skimmers escondidos. Mas são relativamente raros. O truque é manteres-te informado, não banalizares a preocupação e adotares pequenos hábitos de prevenção.
No final, é mais sobre prevenir do que entrar em pânico. E descobrir o que está mesmo a acontecer no teu bolso.