A Digi está a expandir-se a um ritmo impressionante em Portugal. Estamos a falar de uma operadora que ainda não tem 1 ano de mercado por cá, mas que nos últimos meses tem aberto novos espaços físicos em Lisboa, Coimbra e São João da Madeira, consolidando a sua estratégia de crescimento e proximidade com o público.
Como é óbvio, os preços baixos continuam a ser o grande trunfo, e a concorrência já sentiu o impacto. Mas enquanto a marca aposta em mais lojas e em maior visibilidade, continua a falhar num ponto essencial para milhares de utilizadores… Estamos a falar da cobertura móvel no Metro de Lisboa.
Cresce no mapa, mas não debaixo da terra!
A Digi já conta com mais de 40 pontos de venda e atendimento em todo o país, incluindo espaços em centros comerciais como o Campo Pequeno em Lisboa, o Coimbra Shopping e o 8ª Avenida em São João da Madeira.
O objetivo é claro e faz todo o sentido. A Digi quer ser vista, e quer aproximar-se dos clientes, facilitar adesões e oferecer um contacto mais direto, algo que ainda é valorizado.
No entanto, esta aposta em expansão física contrasta com um problema técnico que se arrasta há meses sem solução. Quem usa a rede da Digi sabe bem do que se trata: a total ausência de sinal dentro do Metro de Lisboa.
O impasse que não acaba?
O caso é complexo, e ainda vai demorar a resolver.
Porquê? Bem, a infraestrutura móvel do Metro é partilhada entre a MEO, Vodafone e NOS, que há anos dividiram custos para instalar as antenas. Dito tudo isto, para ter acesso à mesma rede, a Digi precisa de chegar a acordo com estas operadoras. É aqui que está o problema.
A Digi quer contribuir apenas para a manutenção da rede, recusando pagar uma parte do investimento inicial. As três operadoras rejeitam essa proposta, e o impasse mantém-se. Resultado? Os clientes da Digi continuam sem rede em grande parte do subsolo lisboeta. O que claro está, acaba por afastar alguns clientes, visto que além deste “problema”, a Digi também é a operadora com pior rede móvel.
Por isso, quem depende do telemóvel para trabalhar ou simplesmente comunicar durante a viagem acaba por trocar de operadora.
Alternativa parada há quase um ano?
Como solução, a Digi manifestou vontade de instalar os seus próprios equipamentos no Metro de Lisboa, algo que resolveria o problema sem depender das rivais. No entanto, esse processo está parado há quase um ano, à espera de autorização do Metropolitano de Lisboa.
Sim, o que dissemos na altura do lançamento, continua a ser verdade. O Metro de Lisboa não deu seguimento ao processo. Algo estranho, porque, no Porto, a operadora conseguiu criar uma rede própria para garantir cobertura dentro do Metro, provando que a solução é possível.
Conclusão
A Digi continua a crescer e a abrir lojas, o que é positivo. Mas enquanto não resolver estas questões, vai ter sempre limitações em cima.
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