Isto aconteceu-me no ano passado. Era só para ser um café rápido numa esplanada. O telemóvel ficou em cima da mesa, como sempre, enquanto falava com uma amiga. Estavam 34 graus e nem pensei nisso. Mas bastaram 10 minutos para o meu smartphone começar a dar sinais… estranhos. Aquela notificação que nunca queremos ver surgiu no ecrã: “O dispositivo está demasiado quente para funcionar.” Tentei desbloquear. Nada. O ecrã estava lento, as cores esquisitas, parecia que estava a derreter por dentro. E o pior é que nem conseguia desligá-lo. Estava a cozinhar em câmara lenta, e eu não sabia o que fazer. Tudo porque só deixar o telemóvel ao sol e foi durante pouco tempo.
Deixei o telemóvel ao sol 10 minutos e o resultado chocou-me
O sol e os telemóveis não combinam. Nunca.
Tal como nós, os smartphones também têm limites. E o calor extremo é um dos maiores inimigos. Quando deixas um telemóvel ao sol mesmo que só por uns minutos o interior começa a aquecer de forma descontrolada. E há consequências:
O ecrã pode sofrer danos permanentes. As cores ficam baças, o toque deixa de responder corretamente.
A bateria degrada-se mais depressa. O calor acelera o envelhecimento da célula, e vais notar menos autonomia em poucos dias.
O processador é limitado. Para não derreter, o telemóvel reduz o desempenho, e tudo fica mais lento como se tivesse engasgado.
Em casos mais graves?
O vidro pode estalar. A cola interna solta-se. E há até relatos de explosões (sim, mesmo em modelos topo de gama).
O que NUNCA deves fazer quando isto acontece
O erro mais comum? Tentar arrefecer o telemóvel com água ou colocá-lo no frigorífico. Não faças isso. A mudança brusca de temperatura pode causar condensação interna — e aí ficas com um problema ainda pior: humidade no interior.
Também não deves:
- Usar capas grossas (retêm o calor);
- Carregá-lo enquanto está quente (pior ideia de sempre);
- Continuar a usá-lo com brilho no máximo ou apps pesadas.
O que fazer se deixaste o telemóvel ao sol
- Tira-o imediatamente da exposição direta.
- Desliga-o, mesmo que pareça estar a funcionar.
- Coloca-o à sombra, num local arejado — perto de uma ventoinha se possível.
Remove a capa, para dissipar o calor mais rapidamente.
Só depois de arrefecer de forma natural (nunca à força!) é que podes voltar a ligá-lo com segurança.
O que eu aprendi com este erro
Depois daquele susto, a bateria do meu smartphone nunca mais foi a mesma. Perdi 20% da capacidade em menos de uma semana. E o brilho automático começou a falhar.
Felizmente, não precisei de trocar o ecrã mas ficou a lição.
Entretanto hoje em dia, quando estou na praia, esplanada ou carro, o telemóvel está SEMPRE:
- À sombra
- Desligado quando não estou a usar
- E longe do tablier do carro, que parece um forno no verão
Conclusão: 10 minutos ao sol podem custar-te centenas de euros
É um descuido comum, mas perigoso. Assim a tecnologia que temos nos bolsos não foi feita para resistir a calor extremo. E o verão português é, literalmente, uma ameaça.
Entretanto se valorizas o teu telemóvel, protege-o do sol como protegerias a tua pele: com sombra, cuidado e vigilância constante.
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