Ver automóveis da Dacia nas estradas Portuguesas não é novidade para ninguém. Afinal de contas, estamos a falar da fabricante que mais vende por terras Lusas. Porém, apesar do facto inegável desta fabricante ser extremamente interessante na forma como ganhou popularidade no nosso mercado, e em tantos outros, é inegável que muitos dos condutores ainda olham para a Dacia como a marca dos “carros baratos”, que duram pouco, ou que não têm muito a oferecer.
O que é sucesso em Portugal? Bem, a Dacia é a única fabricante automóvel capaz de fazer frente à velha tendência Portuguesa de comprar um carro usado nos stands do costume, ou importar um carro da Alemanha. É uma forma muito Portuguesa de fazer as coisas, de forma a conseguir um veículo com mais potência, mais extras, e claro um outro estatuto.
É também uma fabricante que permite fugir aos preços completamente desajustados no nosso mercado, o que muitas vezes está associado a um sistema fiscal que não faz muito sentido em 2024.
Como é que isto se faz? Com fraca qualidade? Muito pelo contrário! Afinal, se os carros fossem maus, mesmo que muito baratos, a Dacia já tinha perdido muitos dos seus clientes ao longo dos anos.
Vamos por partes!
Dacia domina em Portugal. Mas… Vale a pena!?
Portanto, para perceber o sucesso da Dacia, é preciso olhar um pouco para o passado. Mais concretamente, temos de olhar para o ano de 1999, altura em que a fabricante Romena DACIA passou a ser parte integrante do grupo RENAULT.
Porém, apesar do facto de 1999 ser um ano chave, não foi aqui que começámos a ver um “renascimento” da marca. Foi sim em 2005! Altura em que o Logan chegou à Europa, e o nome Dacia começou a ganhar uma outra importância no mercado.
Na verdade, apesar do facto de Dacia ainda se sentir como uma novidade, a realidade é que a fabricante de automóveis focada na qualidade-preço já tem quase 20 anos de mercado Europeu, e desde aí, já conquistou muitos milhões de condutores neste nosso velho continente.
Como é que se faz um Dacia?
Na altura em que os primeiros Dacia chegaram à Europa, o Grupo Renault decidiu optar por uma forma um pouco diferente de fazer as coisas.
O desenvolvimento de novos modelos teve primeiramente em consideração o “custo”, e depois tudo o resto. Assim, sem comprometer a segurança ou conforto, a otimização de custos tornou-se na palavra de ordem do Grupo Renault para a Dacia.
Evolução!
Entretanto, depois de entrar no mercado tendo como bandeira o preço, começou a ser imperativo lançar novos modelos, capazes de ir de encontro às tendências mais recentes do mundo automóvel, e claro, aos poucos, melhorar toda a estratégia que foi inicialmente focada no preço, para tentar elevar a marca a todo um outro nível.
Assim, podemos facilmente dizer que a Dacia de 2024 não é a mesma Dacia de 2005!
Comprar um Dacia em 2024, é comprar um carro que obviamente não vai rivalizar com uma marca Premium, mas que para o preço pedido, oferece conforto, segurança, e na verdade, vários extras que não vai encontrar em outros veículos mais caros.
Afinal, num Duster que custa pouco mais de 20 mil euros, é possível encontrar uma motorização Bi-Fuel (Gasolina + GPL), sensores de estacionamento à frente e atrás, câmaras frontais, traseiras e até laterais, travagem automática de emergência, cruise control, e até Android Auto ou Apple CarPlay sem fios.
Sou muito honesto, fiquei impressionado com a minha experiência nestes recentes ensaios a automóveis Dacia.
Não são obviamente automóveis em que existe o risco de ser multado por excesso de velocidade, devido às suas motorizações modestas. Ainda assim, para o dia-a-dia, para levar os miudos à escola, para ir ao ginásio, ou para ir para o emprego? Está incrível!
Dacia é popular porque é incrível, ou é só pelo preço?
Um automóvel da Dacia, apesar da grande evolução nos últimos anos, continua a ser um carro focado no preço, e por isso, chega às nossas mãos com vários compromissos. O que é normal! Um Dacia não tem como grande missão concorrer com um automóvel de gama mais alta, vindo de uma fabricante com mais estatuto, e com mais anos de mercado.
São na realidade, como dissemos em cima, automóveis que normalmente não chegam ao mercado com grandes motorizações, e claro, também não primam pelos seus acabamentos interiores. Por isso, provavelmente até podem começar a apresentar alguns ruídos parasitas ao longo dos anos, especialmente se o uso do dia-a-dia não for exemplar.
Porém, são carros baratos, extremamente fáceis e baratos de manter, e que aguentam bastante bem estilos de condução “maus”. São muito honestamente carros de guerra!
Entretanto, temos 2 ensaios de automóveis Dacia a caminho! Um Duster e um Jogger, ambos Bi-Fuel, e na verdade, dois veículos de 4 rodas impressionantes para o preço que a fabricante pede em Portugal.
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