Caso não saiba, a Toyota voltou a prometer aquilo que muitos chamam de “santo graal” da mobilidade elétrica.
Estamos a falar do lançamento do primeiro carro 100% elétrico com bateria de estado sólido. Quando? Já em 2027!
A marca japonesa garante que está pronta para mudar o jogo, com autonomias mais longas, carregamentos ultrarrápidos e maior durabilidade. Isto num carro elétrico muito mais leve, porque a bateria vai deixar de ser o monstro que conhecemos hoje em dia.
Mas será que é mesmo realista? Os especialistas duvidam.
A promessa da Toyota
A fabricante anunciou uma parceria com a Sumitomo Metal Mining, com o objetivo de produzir em massa os materiais necessários para dar vida a este novo tipo de bateria.
Ou seja, ao contrário das baterias atuais, que usam um eletrólito líquido, as de estado sólido substituem-no por um material sólido, o que reduz o tamanho, aumenta a eficiência e ainda permite carregar mais rápido.
Segundo a Toyota, os avanços feitos com a Sumitomo permitiram criar um cátodo altamente durável e de produção em massa, o que, na teoria, abre caminho para os primeiros veículos com esta tecnologia em 2027 ou 2028.
Além disso, a marca está a trabalhar com a Idemitsu Kosan, gigante japonesa do setor energético, para aperfeiçoar um outro eletrólito sólido à base de sulfureto de lítio, considerado essencial para viabilizar esta nova geração de baterias.
A realidade? Todos estão a tentar o mesmo!
O problema é que a Toyota não está sozinha nesta corrida.
Marcas como a Mercedes-Benz, BMW, BYD, CATL, NIO, Volkswagen e Honda também estão a investir fortemente em baterias de estado sólido. De facto, algumas até já mostraram resultados impressionantes.
A Mercedes, por exemplo, já testou um protótipo do EQS com 1.200 km de autonomia, enquanto a BMW revelou um i7 experimental com densidade energética de 390 Wh/kg.
Aliás, a MG até já lançou o primeiro carro com bateria semi-sólida, o MG4 de 2025, uma espécie de “meio caminho” entre as baterias atuais e as 100% sólidas. Isto com a grande vantagem de ser uma bateria mais barata por também ser mais fácil de produzir.
Qual é o problema?
Os especialistas concordam que a tecnologia está a avançar, mas o grande obstáculo é a produção em escala. Ou seja, as empresas conseguem produzir protótipos funcionais, e de facto muito interessante. Mas, passar de linhas piloto para milhares ou milhões de unidades por ano continua a ser o maior desafio.
O que esperar?
Mesmo que a Toyota consiga cumprir o prazo, a produção inicial será limitada e cara, e dificilmente veremos esta tecnologia a chegar a modelos de entrada antes da próxima década.
Mas, mesmo que existam dificuldades, é inegável que os próximos anos vão ser extremamente interessantes, e podem até ser um ponto de viragem para o mercado automóvel. Estamos a falar de carros mais leves, com maior autonomia, e teoricamente mais baratos.
A questão agora é… Será que vale a pena gastar milhares num carro elétrico atual, quando temos tanta coisa boa a caminho do mercado?
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