Combustíveis em Portugal: Low-Cost? Aditivos? É tudo igual?

A discussão é antiga e nunca se chega a uma conclusão que agrade a todos. Ou seja, há quem jure que o carro anda pior com combustível low-cost, e claro, há também quem diga que é tudo igual.

É muito comum encontrar relatos de condutores com problemas a abastecer em alguns postos, e depois quando mudam, fica tudo ótimo. Coincidência? Ou será a qualidade do combustível?

Antes de apontar o dedo a uma marca, vale perceber o que realmente muda entre postos e o que é mito.

Gasolina simples é toda igual!

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A base do combustível cumpre as mesmas normas europeias.

O que varia são as misturas de aditivos e, sobretudo, a operação no posto.

Ou seja, nas versões aditivadas, cada marca usa a sua “receita” para detergência, antiespuma e anti-corrosão. Isto significa que podem existir diferenças de comportamento, porém, não deviam transformar um carro saudável num pesadelo.

A variável que quase ninguém vê?

O maior diferencial não está na octanagem do letreiro. Está na manutenção do posto.

Tanques com água, borras ou filtros fora do prazo mandam porcaria para o teu depósito.

Pode também acontecer abasteceres logo após o camião reabastecido o posto, o que por sua vez significa que o sedimento fica em suspensão e segue viagem para o teu filtro. Resultado possível? Falhas, soluços, etc…

Low-cost?

As regras são iguais, mas um posto low-cost pode ter uma manutenção mais baixa e menos cuidados. Porém, o mesmo pode ser dito dos postos premium. Incompetência pode aparecer em qualquer lado, mesmo que pague caro.

Biocombustíveis podem pesar.

Alguns operadores usam percentagens de biocomponente dentro do que a lei permite. Em carros mais antigos, sensores e borrachas podem reagir mal a misturas mais “ricas”. Não é regra nem condena a marca, mas explica por que motivo dois carros iguais têm experiências diferentes em postos diferentes.

Quando a culpa é mesmo do carro?

Velas cansadas, bobines a morrer, filtro de combustível semi-entupido, bomba fraca, injetores sujos. Qualquer uma destas falhas imita os “soluços da gasolina”. Muitas vezes o abastecimento apenas expõe um problema que já lá estava.

Como abastecer sem chatices?

  • Evita abastecer logo após o camião reabastecer o posto
  • Se o carro é antigo, experimenta um depósito de combustível aditivado e faz uma viagem longa a rotações estáveis
  • Troca filtro de combustível no prazo. É barato e salva injetores caros
  • Se sentires falhas recorrentes, passa um OBD e verifica erros antes de culpar a gasolina

Conclusão

Há diferenças entre combustíveis. Sim, nos aditivos e no cuidado do posto.

Mas a base é a mesma para todos.

Em suma, quando um carro começa a engasgar depois de um abastecimento, a causa mais provável é operação do posto ou manutenção do próprio carro. Demonizar uma marca com base numa experiência isolada é fácil. Resolver o problema é olhar para o que não se vê. tanques, filtros e oficinas.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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