Sabe o que o cobre faz ao seu cérebro depois dos 60 anos?

O cobre raramente aparece nas listas de “superalimentos”, mas uma investigação recente mostra que este metal pode ser um aliado decisivo para quem quer envelhecer com a mente em forma. Ao analisar a alimentação e a saúde de milhares de adultos com 60 anos ou mais, cientistas descobriram que uma ingestão diária ligeiramente superior a 1 mg de cobre está associada a desempenhos cognitivos significativamente melhores.

Sabe o que o cobre faz ao seu cérebro depois dos 60 anos?

Mais cobre, melhor cognição: idosos que consumiam cerca de 1,22 mg de cobre por dia apresentaram resultados superiores em vários testes de memória, atenção e raciocínio.

Limite de benefício: a partir desse valor, aumentar a dose não trouxe ganhos adicionais; o equilíbrio parece ser a chave.

Efeito notável após AVC: entre participantes com historial de acidente vascular cerebral, a ligação entre cobre e funções cerebrais foi ainda mais evidente.

Apesar de promissores, estes dados vêm de registos alimentares de curto prazo, preenchidos pelos próprios voluntários. Estudos prolongados, que acompanhem os participantes ao longo de anos, serão essenciais para confirmar a relação.

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Por que o cobre é importante para o cérebro?

O cobre ajuda os neurónios a comunicarem entre si, participa na produção de energia celular e atua como escudo contra danos oxidativos. Em doses adequadas, contribui para manter a “fiação” cerebral em bom estado; em excesso, porém, pode ter o efeito inverso e favorecer a neurodegeneração.

Quanto precisamos?

O valor ideal ronda 1,22 mg diários, algo que se consegue com uma pequena porção de alimentos ricos neste micronutriente. Exemplos:

  • Um punhado de nozes
  • Uma tigela de lentilhas
  • Cogumelos salteados
  • Chocolate negro (quanto mais cacau, melhor)
  • Farelo de trigo
  • Ostras ou outros mariscos

Micronutrientes na mira da ciência

Entretanto além do cobre, elementos como magnésio, ferro, selénio e zinco ganham cada vez mais atenção nos estudos sobre envelhecimento saudável. Assim a mensagem é clara: o que colocamos no prato influencia directamente a forma como o cérebro envelhece.

Como aplicar isto no dia-a-dia

  • Varie a alimentação: inclua leguminosas, frutos secos e cereais integrais nas refeições.
  • Consuma marisco com moderação: excelente fonte de cobre e proteínas.
  • Escolha chocolate com alto teor de cacau: além de saboroso, fornece antioxidantes.
  • Mantenha o equilíbrio: não exagere em suplementos sem orientação médica; mais nem sempre é melhor.

Pequenos ajustes na dieta podem traduzir-se em grandes ganhos cognitivos.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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