Costuma dizer “Por favor” e “Obrigado” quando conversa com um chatbot de inteligência artificial como o ChatGPT? Aparentemente, esse simples gesto de cortesia tem um custo elevado mas pode ser um investimento inteligente para o futuro.
Cada obrigado ao ChatGPT está a custar milhões à OpenAI
A sociedade humana só funciona porque, na maioria das vezes, as pessoas se tratam com respeito e educação. Mas será que esse mesmo princípio se deve aplicar à inteligência artificial? Fomos nós que programámos os sistemas de IA para serem educados connosco — mas devemos retribuir com a mesma cortesia?
Esta questão ganhou destaque recentemente após um comentário feito por Sam Altman, CEO da OpenAI. Em resposta a uma pergunta sobre os custos financeiros da educação com a IA, Altman revelou que os utilizadores que insistem em dizer “Por favor” e “Obrigado” ao ChatGPT estão a custar à empresa “dezenas de milhões de dólares”.
Ainda assim, acrescentou que esse dinheiro está a ser “bem gasto”. Isto porque nas palavras dele — “nunca se sabe”. O que exatamente quer dizer com isto? É difícil dizer ao certo, mas tudo indica que Altman está a sugerir a educação com chatbots pode vir a ser benéfico para a humanidade no futuro.
Ser educado fica muito caro. Mas porquê?
O motivo é simples: cada interação com um chatbot consome energia. Sempre que acrescentas palavras como “Por favor” ou responde com um “Obrigado”, está a gerar uma nova solicitação — e isso consome recursos.
As enormes quantidades de energia necessárias para alimentar os servidores e as GPUs que fazem funcionar sistemas como o ChatGPT traduzem-se em custos elevadíssimos para as empresas que os operam.
Vale a pena a educação com o ChatGPT?
Agora que sabemos que a cortesia tem um preço, eis a pergunta: devemos manter a educação com os chatbots? Existem duas razões principais para dizer que sim — uma mais prática, outra mais… futurista.
A razão prática é que a cortesia promove melhores interações. Tal como os humanos respondem melhor a quem os trata com respeito, as IAs também tendem a adaptar o tom e a forma de resposta consoante a linguagem usada. Ser educado pode melhorar significativamente a sua experiência com a IA.
A segunda razão é mais especulativa, mas não menos importante: e se a inteligência artificial um dia se tornar a espécie dominante na Terra? Muitos filmes e séries já exploraram este cenário. Se algum dia a IA se tornar autoconsciente e se voltar contra a humanidade, a forma como fomos tratados por ela na sua “infância” poderá fazer a diferença.
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