Terça-feira, Setembro 23, 2025

Carros Elétricos? Os híbridos Chineses podem dominar!

Com a lentidão que se sente na adoção puramente elétrica, a indústria automóvel parece estar à procura do próximo trunfo para voltar a uma outra forma. É por isso que os EREV (Extended Range Electric Vehicles) podem muito bem ser a peça-chave que ninguém esperava ver de volta.

Para quem não conhece, estamos a falar de carros elétricos que contam com um pequeno motor a combustão que serve essencialmente para gerar energia quando a bateria começa a ficar sem carga. Não é um motor para puxar rodas, no fundo é um gerador para manter a experiência elétrica.

O conceito não é novo, mas agora parece mais forte, porque também ficou mais eficiente.

O Opel Ampera tentou, sem sucesso, abrir caminho na Europa. O BMW i3 também chegou a ter uma versão com extensor, mas desapareceu rapidamente. Isto porque, na verdade, a ideia nunca convenceu os consumidores nem as marcas europeias. Ficou sempre a ideia de que um Plug-In seria mais inteligente, contaria com mais performance, e por isso, faria sempre mais sentido.

Mas tal como acontece com a moda, o que sai das passerelles acaba muitas vezes por regressar anos mais tarde.

Sabe porquê? A culpa é da China!

leapmotor em portugal: carros chineses amigos da carteira?

A China apostou forte nos elétricos, e podemos dizer que bem. Mas, estamos a falar de uma região gigantesca, e como tal, ligar cidades distantes com carros 100% elétricos continua a ser um desafio. Por isso, os EREV estão em alta, e até já representam perto de 5% do mercado, com previsões de duplicar essa quota até ao final da década.

Estamos a falar de veículos capaz de ultrapassar os 1000 kms de autonomia, sem dependência de redes de carregamento, mantendo uma condução sempre 100% elétrica. Entretanto, estas motorizações já começam a chegar em força à Europa, como podemos ver no caso do Leapmotor C10 REEV, que até já testámos desde Madrid até Lisboa.

Os híbridos Chineses podem ser um sucesso!

Além desta motorização, temos também de olhar para os híbridos da BYD, que muitos chamam de super híbridos. Há poucos dias, tivemos a chance de conduzir o novo Seal 6 DM-i, que conta apenas e só com uma motorização híbrida capaz de se aproximar dos 1500 quilómetros de autonomia. É uma loucura.

Mas vamos além da China!

Este sucesso começa agora a contagiar a Europa. A ZF já confirmou que vai produzir extensores de autonomia em série a partir de 2026. A Volkswagen prepara versões para a sua nova marca Scout, destinada ao mercado norte-americano, e a Nissan já provou com o sistema e-Power (mais de 1,6 milhões de unidades vendidas) que a ideia tem pernas para andar. Até a Renault, através da Horse (em parceria com a Geely), já tem um motor-gerador compacto pronto a entrar em cena.

Mas há um problema…

Se na China os EREV vingaram porque tiveram enquadramento regulatório favorável, na Europa o maior entrave pode ser… o fisco. Os incentivos fiscais foram pensados para elétricos puros. Um EREV, ou qualquer outro híbrido de nova geração, mesmo funcionando quase sempre como elétrico, corre o risco de ser visto como híbrido convencional e perder os apoios.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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