Como é óbvio, o futuro dos carros elétricos passa, inevitavelmente, pelo desenvolvimento das baterias. Dito isto, uma startup israelita chamada StoreDot parece estar prestes a dar o salto que a indústria esperava há anos… Estamos a falar de uma bateria com resistência para mais de 600 mil milhas (quase 1 milhão de quilómetros), isto com suporte a carregamentos ultrarrápidos.
Ou seja, estamos a falar de uma bateria que aguenta mais de 2.000 ciclos completos de carga e que consegue recuperar 160 km de autonomia em apenas 5 minutos. Tudo isto sem aumentar o peso nem o tamanho das células.
A revolução vem do silício?
Fundada em 2012 pelo Dr. Doron Myersdorf, a StoreDot tornou-se uma referência no mundo das baterias de alta densidade. O segredo está no uso de um ânodo dominado por silício, em vez do tradicional grafite.
O resultado é simples mas incrível. Estamos a falar de mais energia, menor impacto ambiental e maior eficiência. O silício é um dos elementos mais abundantes da Terra, o que também reduz a dependência de metais caros e poluentes como o níquel ou o cobalto.
Isto finalmente permite combinar carregamento extremo com longevidade, algo que até agora parecia impossível, e era obviamente um fator que afastava os consumidores.
Pequena, leve e compatível
Além da durabilidade, a nova bateria da StoreDot é mais compacta e leve, o que abre portas. Visto que é possível meter uma bateria de maior capacidade, ou uma com a mesma, porém, mais leve, e com mais espaço para outros componentes.
Mas, melhor é que é compatível com as linhas de produção atuais, o que facilita a adoção por grandes fabricantes.
O desafio da produção
Apesar do potencial, a StoreDot reconhece que ainda não tem capacidade industrial para responder à procura mundial. Por isso, a solução passa por licenciar a tecnologia e convencer gigantes da indústria automóvel a entrar neste novo paradigma.
Mas se o plano resultar, esta pode ser a maior revolução desde o primeiro Tesla. Uma bateria que dura quase um milhão de quilómetros, carrega em minutos e pesa menos é tudo o que o mercado elétrico precisava para deixar de ter desculpas.
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