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Carro: Manutenção tem de mudar com a eletrificação

Se antigamente era raro ver um automóvel elétrico, ou eletrificado, nas estradas Portuguesas, hoje em dia é extremamente comum. Aliás, é tão comum, e as motorizações estão a ficar tão eficientes, que começa a não fazer grande sentido ver as tradicionais regras da manutenção automóvel a continuarem a fazer das suas neste mundo.

Porquê? Por exemplo, na grande maioria das vezes, as marcas recomendam (ou obrigam) à troca do óleo do motor de 15.000 em 15.000 quilómetros, ou uma vez por ano, o que chegar primeiro. Acha que isto faz sentido em híbridos Plug-In? Afinal de contas, os 15 mil quilómetros não foram todos feitos pelo motor a combustão, mas o óleo vai fora na mesma.

Carro: Manutenção automóvel tem de mudar com a eletrificação

Golf, GTE, Híbrido, Carregar, elétrico

Portanto, como deve saber, as marcas não fazem só e apenas dinheiro na venda de veículos novos. Há muito dinheiro a ser feito na manutenção e troca de componentes destes mesmos veículos, especialmente durante o tempo da garantia, que é a altura em que a grande maioria dos condutores fica fiel às oficinas da marca. Afinal, já viu o preço de uma revisão numa oficina da marca, comparativamente a uma oficina não oficial? É significativo!

Mas talvez mais grave que o preço, é o facto de as regras ainda não terem mudado, apesar do facto de o jogo já não ser o mesmo.

As revisões nos automóveis 100% elétricos já são diferentes, porque como é óbvio, não existe um motor a combustão para se manter e cuidar. A mecânica é muito mais simples neste tipo de veículos. No entanto, nos híbridos plug-in, que também são veículos elétricos (VE), visto que fazem “x” quilómetros de forma puramente elétrica, as regras são exatamente as mesmas comparativamente aos seus irmãos a Gasolina ou Gasóleo. Algo que não faz sentido.

Afinal de contas, temos vários condutores com carros PHEV, que fazem 50% dos seus quilómetros, ou até mais que isso, de forma puramente elétrica. O que levanta uma questão… Faz sentido mudar o óleo ao fim de 15 mil quilómetros, quando o motor a combustão só fez 7500 quilómetros? Ou talvez até menos que isso? Provavelmente não! É uma coisa que não faz sentido para a carteira do consumidor, nem para a sustentabilidade do próprio automóvel.

A troca anual deve continuar a ser uma regra, de forma a garantir que tudo está bem com a motorização. Mas trocar o óleo, só porque o automóvel chegou aos 15 mil quilómetros, tem de repensado. Especialmente porque os híbridos são capazes de fazer a contagem separada dos quilómetros feitos a combustão, face aos quilómetros feitos de forma 100% elétrica.

Em suma, que tal chamar o carro à oficina quando este fizer 15 mil quilómetros a combustão, ou 1 ano desde a última troca?

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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