Carregar carros elétricos na rua é… Um autêntico roubo!

Como já dissemos várias vezes ao longo deste ano, e também de outros anos, comprar um carro elétrico para o carregar na rede pública de carregamento é um erro dos grandes. É que além de ser caro, implica fazer planos absurdos para conseguir ter o mínimo de qualidade de vida.

Carro elétrico? Só se conseguires carregar em casa, ou no teu emprego. Fora isso, apenas em algumas situações muito específicas, e de facto raras.

Mas… Se a rede de carregamento não fosse absurdamente cara e complicada, as coisas não teriam de ser assim. Aliás, hoje percebi que as coisas podiam de facto ser muito diferentes, e que na realidade ando a ser roubado à fartazada. Isto sem necessidade nenhuma.

Carregar carros elétricos na rua é… Um autêntico roubo!

Portanto, como faço todos os anos, antes do final do ano, vou fazer uma viagem por esse Portugal fora com um carro de teste, quase sempre com um carro elétrico. Desta vez calhou ser um Alfa Romeu Junior, que é de facto um automóvel muito interessante, apesar de ser inegavelmente mais focado em percursos citados.

Para teres ideia do percursos, escolhi ir para Espinho, e fiz um caminho quase direto de Salvaterra -> Espinho. 

Dito isto, andar com um elétrico que faz mais ou menos ~300 quilómetros num único carregamento, é obviamente um desafio se vamos fazer 90% de autoestrada. Mais concretamente, significa planear muito bem cada paragem, e claro, escolher os carregadores que mais fazem sentido para a nossa carteira.

Afinal de contas, como estamos fartos de dizer, apesar de um eletrão ser sempre um eletrão, existem diferenças bastante significativas quando chegar a hora de pagar um carregamento.

Foi aqui que um amigo disse… “Passa por Fátima e Mealhada, que é onde existem Supercarregadores Tesla, e segues a tua viagem para Espinho.”

Porquê Tesla? Porque os carregadores estão agora abertos a todos os carros elétricos, e de facto, são muito mais vantajosos face aos restantes postos da rede pública Portuguesa.

  • Nota: Este meu amigo tem conta Tesla com subscrição ativa, e foi ele que ativou os carregadores.

Aliás, basta comparar o carregamento curto que fiz num posto de 150kW da BP, com os outros dois carregamentos que fiz na rede Tesla, para ter ideia da diferença quase absurda.

No posto da BP paguei 58 cêntimos por cada kW carregado, mais a taxa de ativação de 30 cêntimos só porque sim, e na realidade, o carro só carregou a um máximo de 70kWh, para um total de 11.84kW em 18 minutos.

Já nos postos da Tesla, paguei 0.34€ e 0.35€, com uma velocidade média de 100kWh, onde carreguei qualquer coisa como 53kWh. Ou seja, dos 0% aos 100% da bateria do automóvel, com um custo combinado de 18€.

É um mundo de diferença! Paguei menos dinheiro e carreguei mais energia. Além disso, com uma quantidade absurda de postos para escolher e carregar.

Fica a questão… Porque é que a rede não pode ser toda assim? Até poderia mudar o paradigma de que é preciso ter forma de carregar em casa, para ter um carro elétrico.

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Nuno Miguel Oliveira
Nuno Miguel Oliveirahttps://www.facebook.com/theGeekDomz/
Desde muito novo que me interessei por computadores e tecnologia no geral, fui sempre aquele membro da família que servia como técnico ou reparador de tudo e alguma coisa (de borla). Agora tenho acesso a tudo o que é novo e incrível neste mundo 'tech'. Valeu a pena!

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