Hoje em dia, muito se fala das câmaras, do processador e da inteligência artificial nos smartphones. Mas há uma característica nos telemóveis que, embora menos mediática, pode fazer toda a diferença: a reparabilidade. Porque de que vale ter um telemóvel topo de gama, se ao mínimo problema é impossível ou caríssimo reparar?
Há uma característica nos telemóveis que faz toda a diferença!
Menos trocas, mais apoio técnico: o novo normal
Cada vez mais utilizadores optam por manter os seus telemóveis por mais tempo. Afinal, as diferenças entre gerações já não são tão drásticas, e trocar de equipamento todos os anos perdeu o apelo. Para muitos, o importante é que o telemóvel funcione bem nas apps do dia a dia e, acima de tudo, que continue a receber apoio técnico e peças caso algo corra mal.
Marcas como Apple e Samsung continuam a liderar nesse campo, oferecendo suporte por vários anos. Já outros fabricantes, infelizmente, descontinuam o apoio ao fim de apenas três anos.
Trocar a bateria é muitas vezes suficiente
Se há algo que se desgasta inevitavelmente, é a bateria. Passados dois ou três anos, a autonomia começa a cair a pique. Mas isso não é razão para deitar o telemóvel fora. Assim substituir a bateria pode dar-lhe mais dois anos de vida. Infelizmente, nem todos os fabricantes facilitam esse processo. A Google, por exemplo, ainda recorre a adesivos fortes, o que complica a substituição. Já a Samsung destaca-se pela positiva, ao usar abas removíveis que tornam tudo mais simples e seguro.
Design modular: reparar só o que está avariado
Os smartphones mais recentes estão (finalmente) a tornar-se mais modulares. Isso significa que é possível substituir apenas a parte danificada, sem recorrer a soluções drásticas como substituir o chassis inteiro. Um bom exemplo é a evolução da Apple: trocar o vidro traseiro já não custa centenas de euros como nos modelos antigos.
Como avaliar a reparabilidade de um smartphone?
Antes de comprar, pesquise. Vídeos de desmontagem no YouTube (como os de JerryRigEverything ou PBKreviews) revelam a realidade que está presente nos designs. E plataformas como o iFixit atribuem pontuações de reparabilidade, com base na facilidade de desmontagem, disponibilidade de peças e ferramentas necessárias.
A partir de 20 de junho de 2025, os telemóveis vendidos na União Europeia terão uma etiqueta oficial com o grau de reparabilidade, o que tornará mais fácil comparar modelos à primeira vista.
Reparações simples? Faça você mesmo
Nem todos os problemas precisam de ir ao técnico. Sites como o iFixit oferecem guias passo a passo para trocar baterias, ecrãs e outros componentes. Se tiver alguma destreza e um kit de ferramentas básico, pode poupar bastante dinheiro e ainda prolongar a vida útil do seu equipamento.
Durabilidade não é só resistência a quedas. Assim é também garantia de que pode reparar o seu dispositivo quando necessário. E isso, a longo prazo, poupa-lhe não só dinheiro, como frustrações.
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