Imagina chegar ao aeroporto e descobrir que nada do que vês funciona como devia. Sem leitores de cartões, sem portas a abrir, sem check-in automático. Ou seja, tudo a correr à moda antiga, com papel e caneta. Foi isto que aconteceu e está a acontecer em vários aeroportos europeus depois de um ataque informático que tirou do ar os sistemas do fornecedor responsável pelos processos de check-in e embarque. O resultado: filas enormes, voos adiados, alguns cancelamentos e muita confusão para quem planeou uma viagem neste fim-de-semana. Ou seja, está instalado o caos nos aeroportos.
O que sabemos
Um fornecedor de sistemas de check-in e boarding usado por várias companhias e aeroportos foi atacado/sofreu uma falha técnica, tornando as soluções automáticas inoperacionais. Em consequência, aeroportos como Bruxelas e Berlim passaram para processos manuais; Heathrow também confirmou problemas e avisou de possíveis atrasos.
Isto deu origem a filas muito maiores no check-in, embarques mais lentos, operação reduzida em alguns terminais e em casos concretos cancelamentos e atrasos superiores a uma hora para dezenas de voos. Bruxelas falou em “grande impacto” no horário dos voos.
Quem é a empresa afetada: as notícias apontam para um fornecedor global (nome referido em várias agências) cujos sistemas são usados por aeroportos e várias companhias aéreas. As equipas técnicas estão a trabalhar para resolver o problema o mais rápido possível.
Por que é isto tão grave (e porque não basta “reiniciar o servidor”)
Os aeroportos dependem de cadeias complexas: reservas, cartões, leitores, comunicações com companhias e portões automáticos. Quando o elo que organiza o check-in e o embarque cai, não é só um site que deixa de carregar é uma orquestra: papeladas, autorizações de segurança e slots de avião ficam todos descoordenados. Passar tudo para manual é possível, mas lento e sujeito a erros humanos especialmente num dia com muito tráfego. Além disso, esta falha mostra que fornecedores terceirizados são pontos únicos de falha que podem derrubar operações inteiras.
“Cheguei com duas horas de antecedência e estive mais de três horas na fila. Acabaram por cancelar o meu voo.”
“No portão não havia qualquer scanner a funcionar; fizeram o embarque com listas escritas à mão.”
Estes relatos, multiplicados nas redes sociais, mostram que nem sempre a informação chega a tempo ao painel de partidas e muitos só descobriram o problema no aeroporto.
O que DEVES fazer agora (se tens voo nas próximas 48 horas)
Confirma o estado do voo com a tua companhia aérea. Assim não confies só no aeroporto. Mensagem, app ou site da companhia são as fontes principais.
Chega ao aeroporto só se for realmente necessário. Se o teu voo foi confirmado com embarque remoto ou online, espera por atualizações. Caso contrário, chega com tempo extra (vá, 3 horas para longas distâncias, 2 para curtas), porque tudo está mais lento.
Entretanto leva documentos impressos (bilhete, ID/Passaporte, reservas de hotel): no processo manual isto facilita e acelera.
Prepara-te para filas e para o plano B: há hipóteses de transferir para outro voo ou mesmo de cancelamento. Guarda contactos de reservas de hotéis e seguros à mão.
Se és passageiro frequente: ativa notificações por SMS/whatsapp da companhia. Muitas alterações aparecem primeiro por lá.
Para quem tem ligações apertadas: considera remarcar se fores perder a ligação. Os aeroportos vão estar sobrecarregados.
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