Um novo estudo acaba de lançar um alerta preocupante: o cancro do fígado, atualmente o terceiro mais mortal no mundo, poderá duplicar até 2050 se não forem tomadas medidas urgentes. Segundo a investigação publicada na prestigiada revista The Lancet, poderemos passar de 870 mil novos casos por ano para 1,52 milhões, o que representa um aumento dramático.
Cancro do Fígado vai duplicar até 2050 mas há esperança
A maior parte dos casos podia-se evitar
Apesar do cenário assustador, há um dado que dá esperança: 3 em cada 5 casos de cancro do fígado são evitáveis. As principais causas?
- Consumo de álcool
- Hepatites B e C (vírus)
- Acumulação de gordura no fígado associada à obesidade e diabetes (também conhecida como MASLD)
“Estamos perante uma crise global que pode ser travada com mais vacinação, controlo do álcool e combate à obesidade”, alertam os autores.
Vacinação: a melhor arma contra a hepatite B
A hepatite B, uma das maiores responsáveis por este tipo de cancro, pode-se prevenir com vacina ao nascer. Contudo, a cobertura vacinal continua baixíssima em países com menos recursos, especialmente na África subsaariana.
Se nada se fizer, estima-se que 17 milhões de pessoas morram de hepatite B entre 2015 e 2030.
O álcool e o fígado: uma relação perigosa
O estudo estima que mais de 21% dos casos de cancro do fígado em 2050 surgem pelo álcool uma subida clara face aos 19% registados em 2022.
Já os casos ligados à obesidade e gordura no fígado (MASLD) devem subir para 11%, refletindo o impacto global do sedentarismo e da má alimentação.
Porque é que este estudo importa (e o que deves fazer)
Este estudo é um alerta global, mas também um apelo à ação. O cancro do fígado está a crescer silenciosamente e muitas vezes só dá sinais quando já é tarde.
Mas há coisas que podemos fazer hoje para reduzir este risco:
- Evitar álcool em excesso
- Fazer o teste e, se necessário, o tratamento da hepatite B e C
- Cuidar do peso e alimentação
- Vacinar bebés e aumentar o acesso à vacinação em todo o mundo
O cancro do fígado pode ser uma das grandes crises de saúde pública nas próximas décadas, mas também pode ser uma história diferente — se agirmos agora.
A prevenção existe. A informação está aqui. E a decisão… está nas nossas mãos.
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