O que acontece quando não houver mais bitcoins para minerar? Parece estranho falar disto, mas caso não saiba, a Bitcoin é uma moeda virtual finita. Quando acabar, acabou. O mercado terá de funcionar com as moedas em circulação.
Ou seja, se tudo correr como previsto, a última bitcoin será extraída em 2140. Porém, se acha que ainda estamos muito longe, a realidade é que a escassez de novas moedas vai ter um profundo impacto muito antes disso.
Bitcoin: E quando não houver mais moedas para “minar”?
Portanto, quando a última Bitcoin for “minerada”, a partir daí, não entram mais moedas novas em circulação e os moners passam a viver apenas das taxas de transação. Parece simples, mas levanta uma dúvida séria: será que isso é suficiente para manter a rede segura?
Como funciona?
Atualmente, os mineradores são pagos com um “bónus” chamado de block subsidy, que vai diminuindo de quatro em quatro anos nos eventos de halving. Hoje esse subsídio ainda representa mais de 99% do rendimento por bloco.
Em julho de 2025, por exemplo, cada bloco rende cerca de 3.15 BTC, dos quais apenas 0.025 BTC vêm de taxas. Para ter ideia, a partir de 2028, cada bloco vai render 1.5625 BTC. Não existindo certezas de quando iremos ter outro halving depois de 2028.
A diferença é abismal. Agora imagina o que acontece quando as moedas desaparecerem e restarem só as taxas.
Bitcoin seguro só com taxas? Nem todos acreditam
A comunidade divide-se. Uns acham que até lá o valor do bitcoin será tão alto, e o uso tão massificado, que as taxas por transação compensarão esse corte. O que faz algum sentido, tal tem sido a valorização da moeda ao longo dos anos.
Porém, outros não estão tão otimistas. Se as taxas não subirem drasticamente, não compensa manter rigs ligados a consumir energia, e os mineradores simplesmente vão desistir.
E menos mineradores significa menos segurança.
Bitcoin vai continuar, mas vai mudar de cara
Mesmo que tudo corra bem, é quase certo que a forma como usamos Bitcoin vai mudar.
A blockchain principal (Layer 1) será usada para transferências grandes e importantes, onde pagar taxas elevadas faz sentido. Para o dia-a-dia, o mais provável é que as pessoas usem camadas secundárias mais baratas ou versões embrulhadas da moeda. A experiência vai continuar a evoluir, mas será mais técnica e menos direta.
Conclusão: É uma moeda dinâmica!
O fim do block subsidy é o destino programado desde o início. Mas também é o maior teste à viabilidade do projeto. A escassez está garantida, mas a segurança… nem por isso.
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