O corpo humano é uma das máquinas mais incríveis do planeta. Milhares de reações químicas e biológicas acontecem dentro de nós a cada segundo transformando algo tão simples como um prato de comida em energia suficiente para correr, pensar e viver. Mas agora, um grupo de cientistas decidiu levar essa ideia muito mais longe. Assim investigadores da Universidade de Binghamton, nos Estados Unidos, criaram uma bateria experimental que imita o metabolismo humano e pode tornar-se uma das alternativas mais limpas e sustentáveis à energia que usamos hoje. Mas isto significa que as baterias de lítio vão acabar?
Baterias de lítio vão acabar para nascer outra inspirada na vida
O princípio é simples mas revolucionário. Assim em vez de metais poluentes como lítio ou cobalto, esta bateria usa vitamina B2 (riboflavina) e glicose, duas substâncias naturais que o corpo humano utiliza todos os dias para gerar energia.
Os cientistas perceberam que, no nosso organismo, a riboflavina atua como uma espécie de ponte de energia, transportando eletrões durante a decomposição da glicose, o açúcar que alimenta as nossas células. Inspirados nesse processo biológico, decidiram criar um sistema capaz de produzir eletricidade usando os mesmos princípios da vida.
O resultado é uma bateria fluida, feita com eletrodos de carbono e um eletrólito líquido à base de glicose. No lado negativo, o açúcar serve de combustível; no lado positivo, a riboflavina atua como catalisador, promovendo as reações químicas que libertam energia elétrica.
Sem metais, sem poluição
Ao contrário das baterias tradicionais, esta tecnologia não utiliza metais pesados, nem gera resíduos tóxicos. Isso significa que não depende da mineração intensiva uma das atividades mais poluentes e perigosas para o ambiente e que o impacto ambiental é praticamente nulo.
Além disso, tanto a vitamina B2 como a glicose são renováveis, seguras e abundantes. Ou seja, poderíamos fabricar baterias sem explorar minas, sem destruir ecossistemas e sem riscos de contaminação.
Ainda no início, mas com futuro promissor
O projeto ainda está em fase experimental, mas os primeiros testes mostram que esta bateria biológica pode competir em desempenho com fontes de energia convencionais. O objetivo é conseguir escalar o processo e aplicá-lo em pequenos dispositivos, como sensores médicos, wearables e até robôs biológicos.
Os investigadores acreditam que esta descoberta pode ser o primeiro passo para uma nova geração de energia limpa e autossustentável, inspirada no próprio funcionamento da natureza.
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