Carregamos qualquer telemóvel até aos 100%. Depois colocamo-lo na gaveta desligado por algum motivo. Da próxima vez que necessitarmos dele vemos que a bateria descarregou mesmo sem ele funcionar. É estranho não é? A verdade é que mesmo com o telemóvel desligado a bateria vai continuar a descarregar.
Telemóvel desligado? A bateria vai continuar a descarregar!
A energia não gosta de ficar no mesmo lugar. Assim move-se para alcançar o equilíbrio. Tome o exemplo simples de aquecer e arrefecer a sua casa. No Inverno, deve adicionar continuamente calor à medida que a sua casa liberta energia térmica num ambiente mais fresco. E no Verão, deve remover continuamente o calor, lutando contra a energia que se encontra fora da sua casa.
Embora as tomemos como garantidas, as baterias são um pequeno milagre tecnológico. Com as baterias, conseguimos, improvavelmente, criar um sistema onde podemos armazenar temporariamente energia elétrica num recipiente compacto e aceder a ela a pedido – e, na sua maioria, ela fica guardada sem escapar para o ambiente. No entanto há uma questão importante!
Mesmo quando o seu aparelho está completamente desligado ou a bateria está totalmente desligada, a reação química continua, embora de uma forma muito mais moderada do que quando estamos realmente a usar a bateria.
Ora esta atividade contínua de baixo nível dentro da bateria esgota lentamente a energia armazenada. Chama-se autodescarga. Ou seja, é uma descarga elétrica que ocorre na ausência de uma carga externa colocada sobre a bateria e é inevitável.
Nem todas as baterias são iguais
Se prestou atenção ao tipo de baterias que os diferentes aparelhos usam e à frequência com que elas parecem acabar quando ficam fora do carregador durante demasiado tempo, é provável que tenha reparado que nem todas as baterias são iguais.
Assim embora todas sofram do problema da autodescarga como um efeito secundário fundamental do seu design o ritmo a que elas descarregam é significativamente diferente.
Por exemplo, as de lítio perdem cerca de 2 a 3% de energia por mês enquanto as de Hidreto de Níquel-Metal (NiMH) podem perder entre 25 a 30%.
Já as de ácido perdem entre 4 a 6%.
As baterias de iões de lítio são o tipo de baterias com as quais a maioria de nós tem a experiência mais frequente. Este é o tipo de baterias usadas em smartphones, smartwatches, tablets, computadores portáteis, e uma grande variedade de outros produtos eletrónicos de consumo. São também o tipo de baterias encontradas em veículos eléctricos.
Já as NiMH são raramente utilizadas em electrónica de consumo, mas são frequentemente utilizadas em ferramentas eléctricas, uma vez que custam menos do que as baterias de iões de lítio.
Embora a taxa de auto-descarga seja elevada, existe uma variante de baixa descarga.
Como fazer para as baterias perderem menos carga
Não pode parar completamente a descarga das baterias, mas pode fazer uma coisa simples para a reduzir: mantê-las frias.
Quer esteja a tentar manter uma bateria de iões de lítio ou NiMH carregada durante mais tempo, faça o seu melhor para manter a bateria fria.
Arrefeça dentro da razão, claro. Não coloque as suas baterias no congelador mas faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar o calor.
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