Se vires este autocolante na caixa do correio não o tires: denuncia-o

À primeira vista parece apenas um pedaço de papel colado por engano. Um pequeno autocolante colorido, muitas vezes com um número, uma marca discreta, ou até sem nada escrito. Mas o que muitos portugueses não sabem é que estes autocolantes podem ser um sinal deixado por assaltantes para identificar casas vazias, moradores idosos ou apartamentos fáceis de entrar. E o mais assustador? Quase ninguém repara no autocolante na caixa do correio.

Um sinal quase invisível

Durante as últimas semanas, várias autoridades e associações de moradores começaram a alertar para uma nova forma de marcação de casas em várias zonas urbanas e suburbanas.
Os criminosos deixariam pequenos autocolantes ou pedaços de fita adesiva nas caixas de correio, campainhas, portas ou portões. A técnica é simples, silenciosa e extremamente eficaz.

• Se o autocolante permanecer no mesmo sítio por dias, significa que ninguém entra ou sai.
• Se desaparecer rapidamente, é sinal de que há movimento e portanto, alguém vive ali.

Em poucas horas, os criminosos conseguem mapear quais os apartamentos estão vazios, quais têm pessoas idosas, e quais pertencem a famílias com horários fixos.
Tudo isto apenas observando um detalhe que ninguém nota.

Não é lenda urbana e há casos reais

Este tipo de marcação já foi reportado em Lisboa, Porto, Cascais, Almada e Braga, e em vários países europeus (como Espanha e Itália) é uma técnica antiga, usada por redes de assaltantes organizadas. O método é tão simples que quase parece inofensivo e é por isso que funciona.

As marcas variam:

• pequenos autocolantes transparentes,
• fitas de cor metálica,
• pontinhos de cola quente,
• ou até símbolos desenhados a lápis.

Em alguns casos, os assaltantes testam a reação do morador. Assim colam algo discreto e esperam para ver se removem ou não. Se não for, o imóvel passa a ser observado mais de perto.

Entretanto quando se reporta um autocolante, as autoridades conseguem mapear zonas com padrões semelhantes e identificar potenciais grupos organizados. Em alguns casos, estas pequenas pistas levaram à detenção de redes inteiras de assaltantes. O que parece um simples papel colado pode ser a peça que falta num puzzle maior.