A nova política de privacidade do WhatsApp deu origem a muita controvérsia na altura da revelação. Tanto entre os consumidores como entre os reguladores. Aliás, foi por esse motivo que o WhatsApp decidiu não bloquear a aplicação a quem não aceitar as condições, mas sim retirar funções. Os reguladores não estão nada contentes com estas regras e vão começar a mexer-se. Dito isto, o principal regulador de proteção de dados da Alemanha proibiu para já o Facebook de processar dados pessoais dos utilizadores do WhatsApp e a guerra chega à Europa.
ATENÇÃO: WhatsApp pode ficar debaixo de fogo na Europa!
De acordo com uma informação avançada pela Reuters, o principal regulador de proteção de dados da Alemanha abriu um processo de emergência contra o Facebook no mês passado e ordenou agora que a rede social deixe de processar dados pessoais dos utilizadores do WhatsApp, uma vez que vê os novos termos de uso da aplicação de mensagens como ilegais. O regulador está a invocar poderes concedidos ao abrigo do RGPD para impor um congelamento de três meses na recolha de dados de utilizadores do WhatsApp pelo Facebook.
A decisão surge poucos dias antes do famoso 15 de maio. Altura em que terá de concordar com os novos termos do WhatsApp. A Autoridade de Proteção de Dados também quer chamar para a festa a UE e mais em concreto o Conselho Europeu de Proteção de Dados. Ou seja, o WhatsApp não vai ter a vida fácil na Europa.
O WhatsApp sustenta que esta ação da autoridade de proteção de dados “assenta num mal-entendido fundamental sobre o propósito e o efeito da nova política de privacidade”. Ou seja, o WhatsApp pode não acatar o que for decidido. Assim isto pode levar a uma verdadeira guerra aberta entre a Europa e o Facebook.
Entretanto a Alemanha não é a única região onde a nova política do WhatsApp enfrenta um obstáculo legal. A empresa também enfrenta uma investigação anti-trust por parte da Comissão da Concorrência da Índia. Claro que à medida que nos aproximamos do prazo de 15 de maio, novos desenvolvimentos deverão surgir. Entretanto, os utilizadores continuam a migar para alternativas ao WhatsApp como o Telegram e o Signal.