As permissões que nunca devias dar às apps no telemóvel

Sempre que instalas uma aplicação nova no telemóvel, aparece uma lista de permissões a pedir acesso: câmara, microfone, localização, contactos, armazenamento… Muitas vezes, clicamos em “Permitir” sem pensar duas vezes. Mas a verdade é que algumas dessas permissões podem comprometer não só a tua privacidade, como também a tua segurança.

Há permissões que as apps pedem sem realmente precisarem delas e é aí que começam os riscos.

Acesso ao microfone

Uma das permissões mais perigosas é o acesso ao microfone.

sabe onde estão localizados todos os microfones no iphone?

Porquê?

  • Apps maliciosas podem escutar o que dizes sem que percebas.
  • O microfone pode ser ativado em segundo plano, recolhendo informações privadas.
  •  Já houve casos de anúncios “personalizados” surgirem depois de conversas coincidência? Talvez não.

Dica: só dá esta permissão a apps que realmente precisem, como WhatsApp, Zoom ou gravadores de voz.

Acesso à câmara

Tal como o microfone, o acesso à câmara pode ser explorado sem o teu conhecimento.

Risco: apps podem tirar fotos ou gravar vídeos em segundo plano.

Exemplo: um hacker pode usar esta permissão para espiar através da tua própria câmara frontal.

Dica: revê que apps têm este acesso e limita ao essencial.

Está na hora de apagar estas apps do telemóvel!, alerta android: milhões de telemóveis em risco com estas apps!

Localização em tempo real

Algumas apps precisam de localização (como mapas ou serviços de transporte), mas muitas pedem sem necessidade.

O risco é óbvio: dá pistas sobre onde moras, onde trabalhas e até quando não estás em casa. Para criminosos ou até empresas de publicidade, esta informação é valiosa.

Dica: ativa a opção “Permitir apenas enquanto usas a app” em vez de dar acesso permanente.

Acesso a contactos e chamadas

Muitas apps pedem acesso à lista de contactos sem motivo aparente. Assim podem recolher todos os números da tua agenda. Também é possível enviar spam em teu nome. Em alguns casos, podem expor familiares e amigos a ataques de phishing.

Dica: redes sociais e jogos raramente precisam disto desconfia sempre.

medo de atender chamadas disparou por este motivo!

Armazenamento e ficheiros

Ao dar permissão para aceder ao armazenamento, a app pode ler, modificar ou até apagar documentos, fotos e vídeos.

Isto pode expor dados pessoais e até informações bancárias guardadas em screenshots.

Dica: dá acesso apenas quando for estritamente necessário (por exemplo, ao enviar fotos pelo WhatsApp).

Porque é que as apps pedem tanto?

Nem sempre é por malícia muitas vezes as permissões são pedidas por conveniência ou porque os programadores não limitaram o acesso corretamente. Mas o problema é que, se os dados existem, podem ser explorados. E em alguns casos, até vendidos a terceiros.

Como te protegeres

Revê as permissões regularmente

  • Em Android e iOS, há secções específicas para veres que apps têm acesso a quê.
  • Usa a regra da desconfiança
  • Uma lanterna precisa de acesso à tua câmara e contactos? Provavelmente não.
  • Prefere “Permitir apenas durante o uso”
  • Evita dar permissões permanentes.
  • Atualiza sempre o sistema operativo

Entretanto muitas falhas de privacidade corrigem-se nas novas versões.

O impacto de permissões mal dadas

  • Mais anúncios personalizados e invasivos.
  • Maior risco de ataques de phishing ou roubo de identidade.
  • Perda de privacidade: podem seguir a tua rotina sem que saibas.

As permissões das apps parecem um detalhe técnico, mas podem abrir a porta a riscos sérios. Microfone, câmara, localização, contactos e armazenamento estão entre as mais sensíveis e só devem ser dadas quando realmente necessárias. Antes de clicar em “Permitir”, pensa: esta app precisa mesmo disto? A tua privacidade pode depender dessa resposta.

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Bruno Fonseca
Bruno Fonseca
Fundador da Leak, estreou-se no online em 1999 quando criou a CDRW.co.pt. Deu os primeiros passos no mundo da tecnologia com o Spectrum 48K e nunca mais largou os computadores. É viciado em telemóveis, tablets e gadgets.

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