Talvez já nem te lembras disto, mas Steve Jobs odiava a ideia. Em 2010, disse que um portátil com ecrã tátil “não funciona, porque é ergonomicamente terrível”. E de facto não está muito errado.
Ao longo destes anos de Leak.pt, ainda estou para encontrar um portátil que de facto faça bom uso de um ecrã sensível ao toque.
Mas, quinze anos depois, a Apple prepara-se para ignorar o seu próprio fundador ao lançar o primeiro MacBook com ecrã tátil. Algo que acontece não por necessidade, nem por inovação, mas apenas e só porque vai dar dinheiro.
Quando a filosofia morre? O que acontece?
A Apple sempre foi uma marca obcecada por controlo. Estamos a falar do hardware, do software e, sobretudo, das margens de lucro.
O iPhone cresceu até quase 7 polegadas, o iPad transformou-se em uma ferramenta de trabalho e agora o MacBook vai ter um ecrã onde vais poder tocar e vão acontecer “cenas”. Não porque o mundo precisasse, mas porque já não há mais nada para inventar que justifique subir o preço.
Como assim?
Os rumores mais recentes apontam para um novo MacBook Pro com ecrã OLED e dobradiça redesenhada, preparado para lidar com o toque sem tremer. Parece incrível? É só o pretexto perfeito para mais um “salto tecnológico”, e claro, mais um aumento de preço de algumas centenas de euros.
O toque que ninguém pediu?
Quem já usou portáteis com ecrã tátil sabe o que isso significa, e olhe que existem vários no mercado… Estamos a falar de braços cansados e utilidade duvidosa.
A interação é estranha, obriga-te a esticar o braço e raramente melhora a experiência. A verdade é que a maioria das pessoas usa o rato ou o trackpad, e nisso a Apple continua a ter o melhor do mercado.
É curioso, mas nos anos 2010, os portáteis Windows até precisavam do toque no ecrã, porque os trackpads eram um desastre. Hoje já não é assim. E, de facto, o MacBook nunca precisou.
A Apple que já não inventa? Apenas recicla!
Não é que o toque seja mau em si, em máquinas pensadas para isso, como os vários 2-em-1 do mercado, faz todo o sentido. O problema é que a Apple vai vendê-lo como uma revolução, quando pura e simplesmente não é, mesmo que seja algo mais bem implementado.
E é por isso que, sinceramente, espero que falhe. Acho muito honestamente que fazia mais sentido meter macOS no iPad, que já tem touch, do que andar a inventar com o Macbook.
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