Isto não vai acontecer em Portugal, porque ainda estamos um bocadinho atrasados na adoção da tecnologia eSIM. Por cá, apenas o iPhone Air vai apostar forte e feio no padrão, ao aparecer apenas com suporte aos cartões virtuais.
Mas, em outras regiões, até os modelos Pro apostam no eSIM. Isto com uma bela contrapartida… Mais bateria!
Apple quer empurrar o eSIM com… Um bom suborno!
A Apple tem um historial longo de “empurrar” os utilizadores para o futuro, mesmo que isso signifique matar coisas que pareciam intocáveis.
Primeiro foi a entrada para auscultadores, depois a porta Lightning, e agora chegou a vez do cartão SIM físico. Com o iPhone 17 Pro e Pro Max, a Apple arranjou uma estratégia curiosa: dar mais bateria a quem optar pela versão só com eSIM.
A diferença está na autonomia, e não é pouco!
No papel, pode parecer detalhe, mas não é.
O iPhone 17 Pro com slot SIM traz uma bateria de cerca de 3.988 mAh. Já a versão só eSIM sobe para 4.252 mAh. No caso do Pro Max, a diferença vai dos 4.823 mAh para os 5.088 mAh.
Pode parecer pouco, mas traduz-se em mais uma hora de utilização real, seja a ver vídeos, jogar ou simplesmente navegar. Isto é importante, porque o preço é exatamente o mesmo. Paga o mesmo, para ter mais.
Isto não é coincidência. A Apple podia ter mantido a bateria igual, mas preferiu recompensar quem opta pelo eSIM. É um “bónus silencioso” que fala mais alto do que qualquer campanha de marketing.
Pressão para utilizadores e operadoras
Nos Estados Unidos a Apple já tinha dado o passo com o iPhone 14, obrigando à adoção do eSIM. Mas o resto do mundo é mais complicado, até porque muitas operadoras ainda não estão preparadas.
A solução da Apple é simples: criar uma vantagem tão óbvia para o utilizador que acaba por gerar pressão sobre as próprias operadoras.
Quem compra um iPhone quer sempre mais bateria. Se a diferença está no modelo eSIM, a procura vai subir, e isso obriga as operadoras a alinhar.
O futuro sem cartão físico?
Está mais do que claro que a Apple quer um futuro 100% eSIM, e isto faz todo o sentido. Porque… A produção fica mais barata, e existem várias vantagens para o utilizador.
A questão é apenas quando. Em Portugal devia ser agora, mas parece que ainda temos de esperar.